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de 26 de Janeiro de 192í

apenas a reconipilação dos princípios estabelecidos pela, ConstitiiSèão de 1820.

Se o fosso, íi Revolução de 5 de Outubro não teria explicação, nem a República teria razão de existir.

Aos princípios que se seguiram, às liberdades o aos direitos promulgados pela Revolução Francesa tinha que j untar-se o principio da separação das igrejas do Estado,

A Revolução de 5 de Outubro de 1910, tem uma razão de existência na energia própria, a par das necessidades patrióticas de ocasião.

Mas sendo assim, M em todos esses movioiontõs um paralelismo que convém estudar, e em todos esses movimentos há lições que 'convém aproveitar.

A República Portuguesa, durante os seus 10 anos, •' tem-se imposto ao -país, mais pela excelência dos princípios, mais pelo respeito e pelo amor que o povo português dedica* aos princípios democráticos, do que propriamente .pêra acção dos seus homens, •(.íl.pomrfos).

Ouve-se falar em tolerância, mas é indispensável que a tolerância, numa República, não seja apenas uma palavra yã/ 'porque deve ser uma virtude nossa, visto a tolerârl cia ser essencialmi-nte uma virtude republicana. (Apoiados).

Não há nada, neste momento — e digô-o nesta hora em que se celebram mortos, o portanto todos os sentimentos políticos têm de ser rasgados deante de nós— que justifique não se ter ainda concedido a amnistia aos presos políticos. E e.u não sei, em face das leis, que a palavra tolerância presentemente possa ter outra significação que não seja a concessão duma ampla amnistia. {Apoiados, não apoiados). -., '

O Sr. Presidente (agitando a campainha):— Eecomendo .serenidade à assem-blea.

O Orador: —Sr. Presidente: os revo-luidoniáriôs de 1820 praticaram graves

erros entre os quais, não é de somenos, importância, terem apressado a indepen-" dência do ' Brasil. Os revolucionários de 1820, homens possuídos de princípios, sim, mas, sem uma longa e profunda visão dos acontecimentos e mesmo sem o conhecimento dos caracteres da raça portuguesa, não souberam defender-sé e defender a sua obra; e quando digo não souberam defender-se não quero dizer que-devessem empregar a violência pata essa defesa qtfero dizer simplesmente que deyiam aproveitar o sentimento santo, as virtudes da raça de forma que essas virtudes encontrassem os seus mais altos representantes -dentro do regime estabelecido B de modo que o programa dos seus homens não fosse mais do que a realização das aspirações nacionais.

Sr. Presidente: os regimens fizeram-se para as nações," não se fizeram para os partidos.; os partidos ou são os instrumentos' da vontade da nação ou nlo são niais do que agremiações fortuitas, apenas capazes duma obra de aventura.

Pouco mais .tenho de dizer, e as poucas palavras qne disse disse-as convencido de que era necessário dizê-las. • Não é esta a hora de celebrar apenas os homens que passaram"; mas é a hora justamente para reflectirmos nos actos e nos- extinplos. passados. Há uma cousa que nosté momento honra a minha inteligência e o meu coração mais do