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Sessào de 29 de Abril de 1925

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PS.", o que é qualquer cousa para nos fózer pensar.

O Sr. José Domingues dos Santos: — 3sTao apoiado!

O Orador: — Mas o Sr. José Domingues dês Santos pcdin a palavra para •desmentir urna afirmação que eu fizera: fa de que o Sr. Quiiino,de Jesus havia procurado por duas vezes, uma em sua iéasa outra no quartel de Sapadores do .Caminho dó Ferro, o comandante Raul Estoves a, quem desafiara—afii mando ter procuração do Governo para o fazer — para entrar numa revolta militar de apoio ao Ministério José Domingues dos Santos, j

O Sr. Qiiinuo do Jesus já respondeu à, acusarão negando terminantemente • que tivesse recebido tal incumbência, ou a houvesse tomado por sua conta e risco, e declarando que desse Governo'apenas conhecia dois Ministros: o das Finanças e o da Agricultura.

Mas as circunstancias que se notam através as carta-s do Sr. Quinno de Jesus e do Sr. Pestana Júnior provam as boas rr-laçõcs do Sr. Quirmo de Jesus com o Governo . . .

Sussurro.

O Orador: — Se o testemunho não serve, para que o invocam? ^So a negativa n&o vale, para que buscá-la?

Mas descanse a Câmara, que n3o sou eu quem faz esta afirmação.

Acredito nela piamente, como num dogma.

Mas a afirmação, e já ontem o disse, foi feita diante de, pelo menos, dez oficiais, que ainda estão vivos, pelo Sr. Raul Estoves.

S. Ex.a fez essa afirmação e fez muitas outras, dando-me pleno direito de usar delas conforme eu entendesse.

Entendi dever usar de duas para demonstrar os processos de tantos impolutos republicanos, que, sendo republicamos há pouco tempo, necessitam de, pelo seu fervor, ganhar o tempo perdido.

Mas a verdade é que eu só pus a afirmação do Sr. Raul Esteves.

E apelo neste momento para o País, para quo entre as afirmações do Sr. Raul Esteves e as afirmações em contrário dos

outros pronuncie o seu leridictum provisório.

Sussurro, apoiados e não apoiados.

É possível, para que o País se nSo possa pionunciar, quo amanhã mais alguns jornais sejam suprimidos à ordem das pessoas qiio só sentam nas cadeiras do Govôrno.

Mas é bom que, emquanto aqui tivermos voz, ponhamos claramente o probloma.

O Sr. Quirino de Jesus, cujo testemunho foi invocado para desmentir a afir-maçilo de quo eu sou aqui apenas o porta voz, desmentiu o Sr. Raul Esteves.

O País qne s>e pronuncie e diga quem falta à verdade.

Mas nós podemos, nisto todo, encontrar uma plataforma comum de interesse».

Estas e outras revelações h3o-de ser produzidas no julgamento, e muitas das pessoas que até hoje têm sido acusadoras talvez se convertam em réus.

Entèto todos nós, que queremos liquidar a aventura da Rotunda, temos interesse em que esse julgamento se faça, e o País, tendo pronunciado o sou veridi-. ctum provisório, vistos os factos, avaliadas as diversas circunstâncias, convertê-lo há numa áentença definitiva.

Vamos ao julgamento, mas nSo à porta fechada, de noite, n&o ao julgamento a •bordo de um navio do guerra, n3o ao julgamento nas ilhas, como se anda já a dizer nos jornais.

Vamos julgar os vencidos da Rotunda, vamos julgar os vencedores à ordem do ínclito marechal o Sr. Hindenburgo dos Santos.

Vamos a isso!

Sr. Presidente: sei que estas minhas afirmações me indispõem com muita gente.

O receio a que me arrisco é a confirmar perante o País a fama de estúpido que o Sr. José Domingues dos Santos me atribui.

Mas, em suma,

Sei que a circunstância de falar assim é embaraçosa.