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do 29 de Abril do 1925

Esto caminho le\a em linha lecta a KL-RiialbU-b.

fl'Í30S.

Uma voz:—Já Li do\ia estar!

O Orador: — Emquanto ou fui Pr&si-pcnto do Ministério —S. Es." sabe-o bem— a -uda do Sr. Cunha Leal esteve [inteiramente gaianhda.

S. Ex.a sabe bem que, apesar da briu-cadena das, cartas anónimas, ninguím Í>ho tocaria coui um dedo.

S. Ex.a sabo Ijcra que estamos om campos absolutamente opostos; cada um segue a sua trajectória, o seu destino. A miuha trajectória, o meu destino, creio bem que nunca bo confuudná coui a do Sr. CuaLa Leal.

Muitos apoiados das esquerdas da Cc-mara.

Mas devo dizer a V. Ex.a, à Câmara e ao Sr. Cunha Leal que se Glo um dia beu-tir perigo na sua \ida c sentir que a minha casa ú recurso e gaiaatia da bua tranquilidade, touha a ceiteza absoluta que dentro do meu lar ninguém entrará, sem passar sobro o men cadáver. ,

Vibrantes apoiados das bancadas democráticas. -

Sr. Presidente: é bom acabar com essa especulação permanente daqueles que só falam em matar o assassinar, quando sa-hcm que, dentro da minha trajectória, a única cousa que mo revolta e conliangj ó o sanguo do meu semelhante.

Nunca fiz política do ódio, nem de terror; tenho espalhado ideas, simplesmente procuio chamar os cidadãos portugueses a essas ideas que eu defendo, mas uuuca cliamo.i ninguém ao ódio, porque nào acho isso leal.

Sr. Presidente: há uma octra"cousa que eu quero afirmar perante a Câmara.

S. Ex.a, o Sr. Cunlia Leal, Mjndo que tinha feito uma afirmação cm faKo, acusando o Governo a que eu presidi de ter chamado o Sr. Raul Estoves, para colaborar comigo na manutenção da oídom o na consolidação da situação a que prt-si-dia, sentiu que fez uma icusaç.io em falso o sentiu que a situação do Sr. Raul Estoves é hoje tara falsa,1 como aquilo que já hoje todos nos conhecemos: refiro-mo ao caso do Sr. Raul Estevcs —o homem da ordem, o homem leal— ter procurado,

dias autos da revolução o Sr. Presidento do Mimstéiio, garantindo-lho quo ó!e, Raul Estoves, tinha sido um homom do ordem, sempre, mas que a sua estada no Governo fana com que elo lOsse um rochedo firme para o defender. -

; Oito dias passados, o homem da or-deui, o protótipo da honra o lealdade portuguesa, foi combater paia a Rotunda o Sr. Presidente do Ministério!

Muitos apoiados das rsyucidas. ••

Entro a afirmação do Sr. Quiriuo do Jesus e a afiinução do Si. Raul Este\es, eu não hesito: quem mento ó o Sr. Raul Estevcs.

Afuitos' apoiados dus bcncadas democráticas, i

O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — É fácil insultar um pieso.

Isso ó que <_ p='p' lu.il.='lu.il.'>

Piolestos das ejquetJaa.

Ritido.

E lida e admitida a moção do' Si. Cunlia Leal, que tal adiante publicada.

O Sr. Júlio Gonçalves :—Sr. Presidente: cumprindo o preceito legimental, \ou

• mandar para a Mesa a minha moção de ordem.

Sr. Pre&idente: não tencionava entrar nosto debate e foi contrai iado que pedi a pala\ rã.

Mas, Sr. Preside.ute, os acontecimentos produzidos nesta Câmara duiante o dia do ontem, e ato já no dia do hoje, obrigaram mo a mudar de propósito e alterar o meu juízo.

Mas se Gsses acontecimentos me indignaram, se o^ meus uer\os vibraram, eu piometo a V. Ex n,'Sr. Presidente, e à Câmara, ser sereno e dizer o que penso dentio dos preceitos da correcção e da ordem.

Nas miuhas pala\ras, eu firo menos os homens que os acontecimentos. •

• E, se porventura nalgumas palavras fOr rudo para com os homens, é porquo os encontro tam misturados, tam confundidos com os acontecimentos, que mo não será possível tocar nestes sem tocar naqueles.