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Diário das Sessões do

E sei tambuui, Sr. Presidente, que há pessoas quo gozam com o nosso próprio sofrimento, e quo, fechada esta tribuna que tanto os incomoda, por ruais q IIP o sou riso se exteriorize nos lábios, ticaln plenamente à vontade para c\'orcer as suas pequenas \inganças> pessoais.

Vou dizer uma cousa: ó que no fim do meu discurso, ao sair desta casa, eu pretiro havor mo com o Sr. Josó Domiugues dos Santos do quo La\er-me com aquelas homens da Legiílo Vermelha a quo S. Ex.3 em entrevistas declara que são cs>-pautalhos inventados pelo Século e que toda a gente sabe quo a Legião Vermelha nunca matou vninguom oui Portugal.

Mas deixemos o Sr. José Donungucs dos Santo-,, deixemos os moicegos es\oa-r.T na sombia, dobemos os políticos du alma inquieta e torva esconderem-se nos i-eiis âmbitos, deixemos que Osso fauno \iuha à luz do dia. então armados do po-

Vamos ao adiamento.

Ele" não só justifica.

(iPois essas pessoas qae estilo no Go-v Orno quo representa o máximo do liberalismo, ainda queiem calar as últimas vozes para iazeroui vingar om Portugal a paz, o silflncio do* sepulcros?

Essas pessoas, as mesmas quo techaru o Século, à ordem de certos jornalistas, quo inventam complots da Avenida da República, n.° 3G!

Protestos da esquerda. '

Então garantir a liberdade neste século /i amordaçá-la ?

É esta a paz, c cs^a a manifestação da opinião pública que os senhores querem?

(iPois não é \erdade quo, no moio da desolação do cemitério da vida portuguesa, já só não ou\o seníio o piar deste mocho quo é o Parlamento?

í Mas então a liberdade'consiste em nós abdicarmos de todos os direitos, do resto dos direitos quo nós temos o quo as pessoas que ali estão sentadas se julgam com autoridade para fazerem dSles o quo quiserem ?

- Persogiiidoies de republicanos, homens que, como'ontem eu disse, se ontiiuchui-i.iram dentro de uma fortaleza, IA no alto 'do uma montanha, para nos fuzilarem a todos du-- amolas?

r-É paia só fazer esta paz da morte, do silêncio perante o crime o a arbitranrda-do. ô isto o que os senhores querem?

Parece quo é isto.

Não os louvo por esta circunstancia p nSo acreditem V. Ex.as quo eu esteja aqui, lo\ado polo ódio o pelo desejo do lutar.

Não, Sr. Presidente, cada homem segue o seu destino.

Os homens não se pertencem a si [nó pnos.

Existo uma naçíto ein luta, nma, nação que esconde a sua desolação dentro do silencio das suas casas.

Essa nação precisa com todos os riscos que alguns homens compareçam à sua rude dor; eu sou um dôsses hdmen-,.

Nilo ataco o Partido Democrático, at.i-co alguns homens maus do Partido Democrático e defendo a verdade.

E será bom que nostes últimos dias do Congresso se diga aqui quo sentimos 'a dor da Nuçuo; quo sentimos, com a nossa próprio- dor, a dor Awtodos os poitugue--.os, exprimindo assim o nosso pensamento c a nossa repulsa por aqueles que numa hora trágica, como esta, ainda têm a coragem cínica de dizer quo riem.

Tenho dito.

O orador foi muito cinnpi imentado no final do sen ditem só.

O discurso seta publicado na ínteyra, revisto pelo orador, quando restituir, nestes termos, a

O Sr. José Bomingues do Santos uão fez a rei!são dos seus apartes.

O Si. José Dorainques dos Santos (para explicações):—Sr. Presidente: vou pró-du/ir muito ligeiras considerações.

Nunca foi meu •hábito tirar tempo íi Câmara em largas disFcrtaçues, c já há pouco ti\e ocasião de dizer aquilo que eu julgava dever dizer.

Tenho porém do dar uma ligoira resposta ao Sr. Cunha Leal.

O Si. Cunha Leal tem desde há muito, principalmente desde quo'ou fui Presidente do Ministério, uma estranha mania: a mania da perseguição.

Paioce quo S. Ex.a vê em todos os campos o, lugares, pistolas aperrada-,.