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Sessão de 29. de Abril de 1925

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Com a maioria contava, com a maioria conta, mas começou-sc a fazer ob«tru-cionismo para que ChSes meios lhe não fossem facultados.

Eu não peço ao Governo que diga: sai dos vencidos»!

Mas também quo ninguém possa dizer, ao Governo: «ai dos vencedores.)1, como disseram há pouco; 9 Governo que seja forte, porque pode contar com a maioria parlamentar.

Eu quero quo ele seja iuoxorável ejus-to, quero que ele marque o verdadeiro caminho, quero que o Governo diga que qnoin venceu íorani os republicanos, os homens da ordem, e não os desordeiros quo se intitulam amigos da ordem.

Muitos apoiados.

Sr. Presidente: se eu quisesse ser rídi-culo como algumas pessoas, fazia um apelo.

Sr. Presidente: paia acabar e para quo o Partido Nacionalista ligue à minha frase o significado que ela sentimentalmente comporta, sem ódios o *em rancores, eu quero dizer ao Govéino que é constituído por homens do bem, que é constituído por indeíuctiveis republicanos, que seja humano e justo, mas quo a humanidade não sir\a ]>ara que a República seja vencida.

Hou\o um homem, Sr. Presidente, que é citado num episódio por Vítor Hugo, no sou livro 1793, quo em detei minada altura da sua vida, tendo sido encarregado pelo Go\6rno da República da manutenção da ordem e do prestígio da República, tovo do condenar à guilhotina um seu próprio filho, quo tinha atraiçoado a sua missão.

Sr. Presidente: que Cste exemplo sirva ao Governo para quo uào se intimide na defesa da República, custo a quem custar, doa a quem doer, com humanidade e com justiça.

O prestígio fia República acima de tudo.

Tenho dito.

Vozes : — Muito bem ! Muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, t/uando, -nestes termos, reotituir as notas taquigrájicas que lhe foram enviadas.

Õ* apartes nflo foram revistos pelos oradores qve os fizeram.

•foi lida e. admitida a moção do Sr. Jú-

lio

Vai adiante publicada.

O Sr. Tavares de Carvalho (para um requerimento) : , — Roqueiro a V. Ex.a para quo a sessão seja prorrogada até a •votação da matéria em discussão, sem prejuízo dos oradores inscritos.

O Sr. Carvalho da Silva (sobre o modo devotar): — Sr. Presidente: anteontem, quando na Câmara dos Doputado-,^0 discutia. o caso da prisão dos Srs. Cunha •Leal e Garcia. Loureiro, o Sr. Presidente, que então eia o Sr. Alberto Vidal, interrompeu a >essão para o dia imediato, alegando que os trabalhos pai lamentares não podiam continuar durante a noite, em virtude de estarem suspensas as garantias. '

Sr. Presidente: V. Es.'1,, que ó o fiscal das disposições regimentais, sabe inuito bom que o ^Regimento manda que as sos-sòc- sejam públicas, e, estando proibido o trânsito nas iuas depois de determinada hora, o requerimento do Sr. Tavares de Car\alh'o equivale a sor hecicta a sessão.

Eu pregunto se a Câmara pode funcionar em sessão secreta para tratar deste assunto, ou se, pelo contrario, o público deve poder assistir das galerias ao quo aqui só diz.

Tonho dito.

O orador não reviu.

O Si. Júlio Gonçalves (sobre o modo de lotar): — Sr. Presidente: das con^idora-ções feitas polo Sr. Carvalho da Silva parece mo ter depreendido o seguinte:

E que não |>ode piorrogar-sc a sessão pola noite adiante por motivo do c?tarcm suspensas as garantias e as galeriam não poclcicm a^istir aos trabalhos.

Sr. Presidente : devo lembrar a V. Ex.3 que em 1922, ou 1923 numa altura em que estavam suspensas as garantias, estando no Governo creio que o Si. António Mana da Silva, a sessão loi prorrogada o funcionou até cerca das 5 horas.

Nestas condições, parece-me que as considerações do Sr. Carvalho da Sil\a não s2o de atender.

Tenho dito.