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Diário das Sessões do Congresso

caretas para assustar criança1?, ou do vo-citerações coléricas, do quo cm defesa de pontos do \ ista doutrinários.

Supuuho, Sr. Presidente, que o homem que fez a propaganda da ditadura, quo íez o governou a colaborar com ôsses que preconlsa^anl u estabelecimento de um legime ditatorial em Portugal, carece do autoridade para poder vir julgar com inteira sinceridade, para poder vir defender com inteira integridade a tribuna parlamentar !

Muitos apoiados.

Mas, Sr. Piesidento, não quero» deixar do acompanhar S. Ex.a numa espécie de considerações quo fez. Referiu S. Ex.a que o seu lar,ha\i:i sido devassado e que um irmão seu, doente, havia sido enxovalhado. Porque S. Ex a não foi contestado nessas alirniarões e nílo posso, pelo menos, duvidai delas, quem somar aos seus os meus piotestos; mas não quero também deixai do salientar que, ainda quando S. Ex.a apoiava Sidónio' Pais, sucedeu que, na ^pequena terra em que vivia a miuha \elba mãe, só pelo facto dela ser minha mãe, foi vitima em sua própria casa duus sicários que foram enviados do Lisboa, expressamente no intuito de a exovalliar l Coerente boje aqui com S. Ex.a eu junto, repito, os meus aos seus protestos. Quero dizer ao Sr. Presidente do Ministério—que certamente não é o responsá\el disso— que recomende às autoridades policiais o mais absoluto respeito por aquilo que representa a mas sagrada das conquistas do homem: o sou lar!

Muitos apoiados.

Ainda hoje, Si. Presidente, recordo-me com indignação do que só foz no Sidonis-mo ao lar do Sr. Afonso Costa, entrando em sua casa cm alta grita a vilana-gem de\assando o procurando a sua filha, com certeza com intuitos ta m baixos e intenções tam malignas, que ainda hoje, Sr. Presidente, eu não ninto foiças bastantes nas fibras do meu coiação para os verberar!

Muitos apoiados.

O Sr. Artur Costa (interrompendo): — V. Ex.a dá-mo licença?. . . Chegou a, ser preso um barbeiro, ^ó porque tinha essa qualidade em casa do Sr. Afonso Costa!

O Orador: — Mas, Sr. Presidente, o Sr. Cuulia Leal resgatou'ainda a tempo a sua cumplicidade nesse início de teiro-rihrno, \iiido colaboiar com nós outro->.

Ouçanij Si s. da ordem, que tanto condenam a Legião Vermelha e têm nas suas fileiras os traulitoiros do Éden (muitos apoiados}, que tom tanto temor a Deus e que consentiram quo se fizessem tantas inlâmius nos antros imundos do Porto: (mwiío;. apoiados): as -vossas afirmações apresentam-se ctu contradição com as libei dadcs nacionais o com o próprio des-lino da Nação!

Muitos apoiados da esquerda.

Concluindo estas palavias, direi quo nem o mavioso tiinar (Jfinos) do Sr. Querubim do Vale, que tambcui 6 Querubim da liocha, nem o apoplctico caratear do Sr. Cunha Leal, Jazendo caretas monstruosas, como quo para assustar crianças, nem

Mas, Sr. Presidente, 6sto argumento da falta de autoridade pessoal de S. Ex.a" e dos que menos valem, porventura nada valendo até com outros comparado.

Tinha que entrar nesta ordem de considerações para provar a V. Ex.a e à Câmara quo realmente nestes quatro ou cinco últimos anos o partido a que tenho a honra de pertencer, tam injustamente maltratado, tam injustificadamente agredido, tem realizado contra os senhores dSsse lado da Câmara e daquele lado uma obra do normalização da vida política portuguesa, que um dia, passada a paixão turvada desta hora, há-de -ser devidamente apreciada, porque os que a apreciarem serenamente o fora do tempo hão-de verificar que esta agremiação do homens soube pôr os intciêsses da Pátria e da República acima de toda o qualquer outra ordem do interesses. Felizmente nós outros, republicanos, não precisamos dizer, como o Sr. Querubim do Vale, que não fala\a como político, porque fala\a português, pois que nós outros, falando como republicanos, falamos sempre como poitugueses, %isto que sendo republicanos falamos como portugueses que só queremos o dcsenvoKimeuto e o progresso da nossa Pátria.