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Sessão de 12 de Junho de 1925

coes entre o Estado e a Companhia dos Tabacos.

Está sobre a Mesa da Câmara dos Deputados uma nota de interpelação ã esse respeito. -

Ato agora não se sentiu o Governo; quero crer que, pelos muitos assuntos, que tem tido a tratar, habilitado a responder a esta interpelação.

Se assim é, Sr. Presidente, se nós podemos confiar em qualquer acção útil do Governo, se ele pode conseguir da maio^ ria que o apoia, qualquer colaboração eficiente, então que se faça essa ultima1 prorrogação, pelo mais .curto pra/o que seja possível, mas que se faça. Más, se vamos msistir no espectáculo deplorável dos usos e abasos que o Poder Ex< cativo tem feito, e dos abusos que-ainda pretende fazer neste momento, então não. E V. Ex.as não ignoram esse ridículo es--pírito de reformas que o Sr. Ministro da Justiça tem, que, não possuindo outros títulos que o recomendem'à posteridade, entende que o seu principal títelo será o de fazer uma comarca na terra da sua naturalidade.

Sr. Presidente: singular modo este" por que os homens públicos se afirmam;' estamos a jogar, na vida política portu-guesaf a lotaria dos.Ministros. Temo-los visto seui nenhuma espécie de preparação ou estudo galgar ao Poder para esta cousa ridícula: — terem, um correio, ou então distribuírem subsídios para pontes e cemitérios. . ' ' - •

Quanto a' orientação, sabemos já qual é a do Governo, porque tendo .nomeado, pelo Minisiério da Agricultura uma comissão para estudai* as causas da carestia da vida, e tendo recebido dessa comissão a sugestão de modificar as- condições de trabalho, passados poucos dias publicou um regulamento reduzindo as horas do trabalho.nacional. ..••-:

Para assistirmos a, esta^ desorienta-, cão, então ó preferível deixá-los à vontade para que o Governo unicamente só preocupe com as cousas mínimas, com as infinitamente pequenas, que fazem os homens infinitamente grandes, quando passam peio Poder.

Assim, Sr. Presidente, neste momento, como quando se diseutiu a última prorrogação parlamentar, espero que os homens do Governo ou os leaders dos partidos que votaram essa prorrogação claramente se comprometam a qne esta prorrogação seja- utilmente aproveitada e a não reincidir nos velhos erros, cavando mais fundo a cova—que já está tam funda como a das estradas— que estamos preparando e para onde havemos de ser removidos com os protestos justificados do país. '

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. D. Tomás de Vilhena: — Sr. Presidente : devo dizer a V. Ex.a, como velho parlamentar, e mantendo, através de tudo, um grande amor ao Parlamento, que, tendo de se fazer uma prorrogação dos trabalhos1 parlamentares, é necessário que ela não seja uma brincadeira. E digo «brincadeira» porque uma prorrogação apenas por alguns dias, quando nós temos ainda de tratar assuntos urgentes e importantes, um curto espaço de tempo para estos assuntos é uma brincadeira.

£ Como quere a Câmara discutir até 15 de Julho os orçamentos do Estado; o momentoso assunto das estradas, a que é preciso dar instante resolução, pois ameaça uma crise pavorosa; tudo isto até 15 de Julho?

Tenho por S. Ex.a, o Sr. António Maria da Silva, muita consideração, mas permita-me que lhe diga: esta pjoposta não parece de S. Ex.a

& Pois então S. Ex.a acredita que em tam curto espaço se discutam tam extraordinários, problemas ? • • .

! Para brincar é melhor irmos todos para casa!