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Diário das Sessões do Congresso

O Orador: — [Seriam então piecisos 80:00l> coutos, mas segundo as declarações do Sr. Ministro do Comei cio são hoje precisos 400:000! . Já V. Ex." vê a situação de desfavor extraordinária da República em relação ò, monarquia.

O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — j E nesse tempo havia estradas!

O Orador: — Exactamente, e, segundo também a' opinião do Sr. administrador geral das estradas, só a espinha dorsal, — i notem V. Ex.as que é só urna das espinhas dorsais, porque a República tem já mais espinhas1 — das vias do comunicação do País, custa a reparar 400.000 contos, e a espinha dorsal, que 6 o Partido Democrático, não sei quanto custará a consertar, mas suponho ato quo já cão tem conserto.

fílsos.

Já V. Es.a, Sr. Brito Camacho, vô quanto nessa fonte de riqueza pública o actual regime tem prejudicado o Pais.

Em tais condições, nós também insistiremos bastante pela necessidade de. se olhar por esse problema; e não é seguramente em trinta dias que se pode estudá--lo, discutindo também os orçamentos, a questão dos tabacos e outras questões de importância capital que—estou convencido — aparecerão à discussão do Con-gres^o, como, por exemplo, a questão do íuucionahbmo. •

Não me paiece, pois, que a prorrogação proposta pelo Sr. António Maria da Silva seja suficiente para só resolverem todas estas questões.

Tenho dito.

O oiador não reviu.

O Sr. Pedro Pita: —Sr. Presidente: a proposta cm discussã-j pretende a proi rogação dos trabalhos parlamentares ato o dia. 10 do próximo mCs de Jullio. Não há dúvida que o Parlamento para encerrar at, suas poitas tinha necessidade de antes ter concluído uma obra quo não começou: •\otar os orçamentos para o ano económico futuro.

(V piorrogação, portanto, estas a justi-iicada se se pretendesse a votação desses orçamentos..

M,i s não há ningucm que acredite quo

num mês seja possível fazer essa votação, por maior boa vontade que haja e ainda quo esses orçamentos venham a ser aquilo que há pouco dizia o Sr. António Alaria da Sil\a: menos bons.

Porem, além dos orçamentos, há do facto a apreciar a questão das estradas, que é importantíssima. Na verdade as estradas representam, como já tive ocasião de dizer, a maior propaganda contra os Governos da República; elas atestam, pelo seu mau estado,' a pouca importância que os Governos que se têm sucedido-no Poder ligam aos moios de comunicação do País, qno são um grande lactor de riqueza.

E há, como há pouco salientava o Srl Carvalho da Silva, ainda a importaute-questão dos tabacos, se a não quiserem deixar paia a última e votá-la de afogadilho, sem o cuidado necessário como só-fez com os tósforos, que ainda depois de-remendos que llie têm sido deitados é-aquela bela cousa qno se vG.

f Significam as minhas palavras que há necessidade absoluta da prorrogação do-Parlamento?

Não, senhor. Significam apenas que o-Parlamento não fez o trabalho que tinha obrigação de fazer.

^ Neste momento, nestes trinta dias de-prorrogação proteude-bo lecuperar o tempo-perdido e fazer a obra que tínhamos obrigação de fazer?

Sr. Piesidente: parece uma brincadeira aquilo que se tem estado a fazer: prorroga-se por trinta dias o Parlamento, adia-se por outros trinta dias, o vem agora uma novo prorrogação de trinta dias para votarmos duma assentada o'Orçamento. . • .

Eu não vejo já maneira de dar a este-Parlamento (e dizendo 6ste Parlamento quero destinguir o regime parlamentar), o prestígio de que elo carece.

Quanto mais tempo ele estiver reunido-mais se desprestigia. Cada vez hão-do ser mais iundas as discussões e malquerenças, paia não dizer os ódios que separam a própria maioria.

,••; Como é possível poder trabalhar nestas condições? ,: Quo estabilidade .ha de-\ir da prorrogação dos trabalhos parlamentares?