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Sessão de 12 de Junho de 1925

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Estado a viver dentro das regras, que são normais, por motivo de o Partido Nacionalista o impedir.

Nada temos que ver com icsoluções desta ordem para as votarmos, quando entendemos que são inúteis; mas se não as \otamos, também nflo impedimos que outros o façam, já que estrio na convicção que daí resulta qualquer cousa do útil para o pais.

Vote-se, portanto, e nós procuraremos demonstrar que nio 6 por nossa causa que o Orçamento níío se discute nem vota, o nflo 6 por nossa causa que a instituição parlamentar só não prestigia.

De inais não era lógico que, tendo sidp aberto há pouco o dobate político, interrompido já por mais do uma \ez e por mais de uni pretexto, nós fôssemos contribuir para que o Parlamento se encerrasse sem que osso debate tis esse atingido o seu termo.

Eram estas as eousideiações que eu entendo dizer sobre a proposta em discussão.

O orador 7ião reviu.

O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — Chegou 'finalmente um dia em que, salvas pequena^ excepções, todos estamos de acordo-

Ouvi com interesse e atenção as consi-.derações dos Srs. António Maria da Silva, Nuno Simões, Sá Cai doso, Pedro Pita, sem é claro fazer referência, porque é escusado fazô-la, à exposição brilhante e autorizada do ilustre leader do Senado ,Sr. D. Tomás de Vilhena.

Procurei concretizar ua moção que vou mandar para a Mesa as aspirações de .todos nós,,e que, aprovada, será a garantia absoluta do que finalmente o período de prorrogação, vai, ser ocupado num trabalho útil e produtivo. '

A minha moção1 diz o seguinte:

O Congresso, manifestando a aspiração de que, concluído o debate político, os trabalhos pailamentaies, na ordem do dia, durante.o prazo de prorrogação agora proposta incidam em primeiro lugar sobre a discussão e votação dos Orçamentos das propostas relativas àb estradas e aos tabacos c das interpelações anunciadas, passa à ordem do dia.

Lisboa, 12 de Juuho de 1925 — Pa-ilo Cancela de Abieu. . s j,

Sr. Presidente: nílo vá alguém dizer que a nunha moção ivpn-bonta unia invasão do poderes, uma limitação de atribuições impostas cm conjunto às duas Câmaras quando tenham de tuncionar isola,-damente. Por isso mesmo eu escrevi na minha moção quo ela traduzia apenas a aspiração do Congresso'.

Nào a quis redigir em termos mais precisos exactamente para que se não dissesse que ela representava uma invasão de podt-res ou de atribuições.

Não é possí\el, não é pelo menos provável que os orçamentos no prazo do 30 dias sejam .api ovados e discutidos uas duas casas do Parlamento.

Mas a minha moção traduz Osse desejo, e dentro do Regimento que vigora, bo se tomar possível a sua discussão e votação, nós estamos dispostos a facilitar ossa discussão sem renunciai mós ao direito de apreciarmos as respectivas verbas e manifestarmos livremente a nossa maneira do sentir.

Apoiados das bancadas ntonáiquicas.

Um assunto importantíssimo também para a Nação devo ser aqui debatido: é o problema das estradas.

j Dentro em pouco as estradas de Por--tngal passam a ser visitadas por nós e pelos turistas como monumentos históricos, com a mobília curiosidade com qne visitamos os templos e monumentos antigos, Ob velhos'castelos e as estradas romanas que abundam no nosso Pais!

Não falo exageradamente. Todos os -membros do Congresso babem que isto é exacto. O- estado dab estradas do País é vergonhoso, e é lamentável que o Pais tivesse a infelicidade cio ver sentado na pasta do Comércio um homem que não tem sabido dar, Ou não tom querido dar, a atenção que deua a Gsto momentoso-assunto.

• Assistimos há pouco tempo ao espectáculo degradante de excursionistas estrangeiros terem do aconselhar aos áeus com patuotas qua não voltassem a Portugal visto que até as principais estradas dj£ turismo, que mais concorridas são, não se encontravam cm estado de podoiem iaci-litar um. trânsito toleiávf-1.