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DLCII w das Ressoes do tivnadu

Espero que a Câmara desculpará a mi-uha ousadia em me intrometer em assuntos de que não tenho competência isspe-ciai, e espero mais que a comissão de guerra modificará, como entender conveniente, as deficiências que, devido \\ minha inexperiência, u projecto contenl.a.

Peço a V. Ex.!l que consulte a Câmara sobre a urgência do projecto.

Aproveito o ousejo do estar no uso da palavra para pedir também a V. Ex.a que transmita ao Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros o meu pedido para que compareça no Senado, a rim do dar algumas explicações sobre as negociações que tem havido acerca duma reclamação que eu apresentei, na última srssão legislativa, sObre a situação dos credores portugueses do Estado de Alagoas.

O Sr. Vasco Marques: — Não posso deixar de lamentar que, tendo podido a presença do Sr. Ministro do Comércio, há muitos dias já, para tratar duma questão que reputo muito importante, S. Ex.:, certamente pelos seus muitos a lazeres, não tenha podido comparecer nesta Cfi-mara. Visto que se acha presente o Sr. Ministro das Finanças, pedirei a S. Ex.a o obséquio de transmitir ao Sr. Ministro do Comércio as considerações que vou fazer.

V. Ex.a, e a Câmara, sabem muito bem quantas vezes reclamei aqui a iustaluçLo da telegrafia sem fios na Madeira, cuja falta nos acarreta os mais graves prejuízos e constit.ii uma vergonha nacionaJ.

Hoje, mais do quo nunca, tem de ser a conhecida frase inglesa tiwe is money, porque, de íacto, o tempo ó dinheiro.

Se de todos os lados ouvimos preconizar que é necessário produzir, e só um aumento de produção nos pode salvar, não se explica que se recuso a um distrito importante, como é o do Funchal, um melhoramento tam indispensável como é hoje a telegrafia sem fios, que existo em todcis as terras de somenos importáucb, mas que, por uma série de circunstâncias desconhecidas, não foi ainda instalada no distrito do Funchal, falta esta quo faz fugir a navegação (laqueio porto para os quo possuem a te.egrafia sem fios, e que recebem a tempo as comunicações, que vão sempre acompanhadas da nota õo que ne-

cessitam. De modo quo, uma vez aportados, recebem imediatamente carvão, re-irtscos e quaisquer outros mantimentos quo desejem.

Sucede não se sabor no distrito do Funchal as horas a que um vapor chega e do quo necessita. Só depois de o vapor ter recebido todas as visiias oficiais, éter comunicado, portanto, com terra, é que se fica sabendo do quo precisa.

Não é indispensável, Sr. Presidente, gastar muitos argumentos, para dizer que, ou nós tratamos a sério dês>so melhoramento e dotamos a Madeira com elo, ou de contrário, par.i outros portos estrangeiros, será infelizmente desviada a navegação que, ainda hoje, procura o porto de Funchal.

Parasse ver quanto neste momento todos procuram aproveitar o seu tempo, basta citar um lacto recente e significa-:ivo.

Os vapores da Mala Real Inglesa, que fazem carreira de Inglaterra para o Funchal, to"i»avam aqui o chamado piloto da Larra. que na devida altura desembarcava, seguindo depois o barco o seu destino. Pois hoje essa empresa para não perder tempo, leva consigo o piloto para o Funchal, preferindo assim aumentar a despesa, a ter de sujeitar-se a gastar mais tempo.

Di^seram-iue, Sr. Presidente, em tempo, que nau havia dinheiro.

Depois foi apresentada uma proposta de lei pelo Sr. António Maria da Silva, então Ministro, autorizando o empréstimo de 8:000 contos para se melhorarem os serviços telegráficos o telefónicos.

Fui-me garantido, que desse empréstimo seria desviada uma quantia para a instalação da telegrafia sem fios no Funchal.

Ora o J quero reclamar do actual Sr. Ministro do Comércio, o cumprimento dessa promessa, pois-não se justifica — e é uma vergonha — que c Funchal continuo sem telegrafia sem fios.