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Sessão 'de 14 de Dezembro de 1920

Não se compreende, Sr. Presidente, que se vão pedir pesados encargos, aliás muito justificados na hora presente, sem que ao mesmo tempo se ibmente o comércio o a agricultura.

Aproveitando o uso da palavra, chamo á atenção do Sr. Ministro das Finanças para um assuulo da sua pasta. Ke-fíro-ine ao que se está a passar com as cédulas, constituindo uma vejdadeira vergonha. No Funchal o caso então excede o que se possa imaginar de precário estado desgraçadíssimo.

As cédulas sujas, esfarrapadas e infectadas não são trocadas e voltam para a praça, do mesuio modo.

Ora síi isto é vergonhoso perante os nacionais, ainda mais o é aúte os estrangeiros que, como é sabido, ali desembarcam.

Nestas condições, julgo que era uma medida acertada fazer substituir tais cédulas.

Para outro ponto chamo também a atenção do Sr. Ministro das Finanças, dada a sua inteligência, a sua iniciativa e o desejo que tem de resolver os \arios assuntos.

Toda a gente sabe que em tempos, sé quis estabelecer, no Funchal, sanatórios, útilizando-se dos edifícios e objectos que por lá existiam.

;Pois ainda até hoje não foi dada aplicação condigna aos respectivos terrenos, edifícios e objectos!

O. Sanatório dos Pobres, que estava quási concluído, não só ficou abandonado como nele tudo se encontra danificado; nunca se pôs o prédio à venda, nem sequer se tem cuidado da sua conservação.

Na quinta Sant'Aua há objectos que não são de fácil deterioração, mas outros há também que poderão vir a sofrer, devendo, por conseguinte, ser postos em praça.

Em tempos, máudou-se proceder a uma venda dos objectos, mas a certa àltiirn essa venda foi sustada, não sei porque.

O que nSo é justo, em suma, é que nesto momento em que devemos aproveitar as mínimas parcelas chi bèneiíciò do Estado, se continue nesta situação.

Por último, Sr. Presidente, eu requeiro que ao abrigo da segunda parte do arti go 32.° da Constituição soja publicada

uma lei relativa a um busto a erigir no Funchal a João Gonçalves Zarco, visto já ter decorrido o tempo para isso necessário, sem que a outra Câmara se pronunciasse.

Tenho dito.

O orador não reviu..

O Sr. Ministro das Finanças (Cunha Leal): — Sr. Presidente: sendo a primeira vez que tenho a honra de usar da palavra no Senado, começo por apresentar a V. Ex.a os meus cumprimentos mais respeitosos.

V. Ex.a, Sr. Presidente, é um daqueles \elhos republicanos que, pelas suas altas qualidades e pelos seus actos, todos nos acostumámos a respeitar e a venerar.

Aproveito a ocasião para fazer os devidos cumprimentos ao Senado, desejando que o Governo e esta Câmara vivam sempre em boa harmsnia, como é indispensável para os interesses do País e prestígio da República.

Transmitirei ao Si1. Ministro do Comércio as considerações do Sr. Vasco Marquês quanto í\ instalação da telegrafia sem fios na Ilha da Madeira, vantagem esta para aquela ilha defendida brilhantemente por 8. Ex.:'

Tenho a certeza de quê o Sr. Ministro do Comércio será o primeiro a dar ra/ão a S. Ex.'% tratando de resolver o assunto conforme os desejos aqui manifestados.

Relativamente ao estado miserável das cédulas na Ilha da, Madeira, tenho a dizer a S. Ex.a que, o mais rapidamente possível, tratarei de providenciar, substituindo-as por níquel, ou, om caso contrário, remetendo para lá cédulas novas.

Procurarei igualmente, na medida do possível, satisfazer os desejos manifestados nas restante^, reclamações que me foram presentes. E necessário que todos façamos esforços, a fim de quo todos aceitem os sacrifícios que é preciso fazer a bem da causa pública.

O orador não reviu.