O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Diário das Sessões do Senado—Apêndice

13

Absolutamente de acordo, com quanto o ilustre Senador Sr. Alberto da Silveira, tivesse dito o que pensava sobre a orga-zização de milicianos no nosso exército o sobre a constituição dos quadros.

Eu penso qne na resolução desta questão temos de ter absolutamente em consideração grande número das reflexões apresentadas por S.-Ex.a e o Sr. Relator. E já agora. Sr. Presidente, o visto que de oficiais milicianos estamos tratan-de, eu afirmarei, antes de terminar, qual é um dos motivos da minha preferencia pelos .oficiais milicianos. As escolas de oficiais milicianos que eram, segundo mo recordo, de três meses, dos quais o primeiro mês era destinado à aprendizagem da recruta dos próprios oficiais e os outros dois meses eram destinados já à sua educação e sobretudo à instrução, aprontavam para os oficiais seguirem imediatamente para a guerra. Seguia-se a mobilização e a ida para a guerra.

A instrução especial nas escolas de guerra durava ura ano, e só depois, na devida altura da mobilização e"segundo a escola, os oficiais partiam para as frentes do batalha, porquo tínhamos duas, nina em França outra em África.

Sr. Presidente: se não me engano, foi em fins de 1916 que teve lugar o estabelecimento desse regime escolar de milicianos e especial de escolas de guerra. Então, e eu não faço afirmações gratuitas, como não pretendo fa/.er declarações ou apresentar argumentos detalhados desta minha opinião, então, Sr; Presidente, toda a gente em Portuga', e até na Europa, os presidentes dos ministérios dos diversos países aliados, estavam na convicção de que a guerra não iria além de 1917.

Assim teria sucedido, se não se tivessem dado os casos que se deram na Rússia.

Nessa ocasião quem entrava para oficial miliciano tinha muito maior probabilidade de ir para a guerra do qne aqueles que entravam para a Escola do Exército, e dizia-se até, que aqueles qne tinham entrado para a Escola do Exército com a preparação de oficiais milicianos tinham arranjado nm seguro de vida.

Sr. Presidente: somos portugueses, vivemos neste meio, ouvimos moitas vezes isto, talvez nenhum dos Srs. Senadores deixasse de ter ouvido.

Sr. Presidente: mais uma observação e a última, quando se falou em que os alunos das escolas superiores iriam ser mobilizados para as escolas de oficiais rnili-.cianos para irem para a guerra essa maravilhosa mocidade das nossas escolas superiores entendeu então reunir-se e calorosamente se manifestaram no sentido de entrarem e em muitas dessas reuniões afirmaram por uma maneira ostensiva que era seu propósito firme desde o momento em que ingressassem nas escolas de oficiais em serviço militar ainda que transitoriamente, e V. Ex.:i que é um alto militar que nós todos conhecemos com um grande amor pela disciplina, se não conhece isto apreciá-lo há na devida conta, emquanto lá estivessem, fossem quais fossem as suas opiniões políticas, só teriam uma preocupação e uma cousa a que nunca faltariam, que era obedecer respeitosamente aos seus superiores e fazerem-se obedecer sem se imporem pelos sons inferiores.