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Diário das Sessões do Senado

sidência de Clemenceàu. Dividiu-se a Conferência em cinco secções: a de finanças, a do armamento e munições, a de importações e transportes marítimos, a de abastecimentos e a do bloqueio. Em todas estas secções Portugal teve representação. A ele, orador, coube a honra de pertencer à primeira, com Afonso Costa, e à última, com João Chagas. A secção financeira trabalhou no Ministério das Finanças, sob a presidência do Sr. Klotz, no próprio gabinete deste ministro. A priaeira das suas reuniões fora destinada u, exposição dos problemas apresentados por Portugal, pela Grécir, e pela Roménia à consideração das grandes potências. Pois Afonso Costa falou de tal modo, fez a sua exposição em termos tam elevados, defendeu de tal maneira os interesses portugueses, prendeu tam profundamente a atenção dos seus colegas, que a sessão, foi exclusivamente consagrada a Portugal! E note o Senado que os problemas da G-réeia deviam ser apresentados, como o foram, na sessão do dia seguinte, pela figura prestigiosa de Venizellos e os da Roménia pelo Sr. Antonesco, aue é, também, um homem de alto valor. Ele, orcdor, tem ali as notas, que tirou, do discurso admirável de Afonso Costa, da sua lucidíssimc, discussão com o Sr. Crosby, representante dos Estados Unidos, e das palavras de apoio que deu às suas considerações o Sr. Xitti, Ministro das Finanças de Itália. Não pode. evidentemente, fazer uso delas; mas não incorre em inconfidência referindo ao Senado que foi o Ministro português quem ali defendeu, e fez vingar, o princípio da abertura de créditos entre aliados, não só pare. fornecimentos de guerra, mas para géneros indispensáveis à alimentação pública e à vida social, como o trigo e o carvão. Esta resolução, que Afonso Posta conseguiu fazer votar em favor de Portugal, talvez por não serem grandes as suas exigências, aplicou-se, afinal, a outros aliados, beneficiando dela, por exemplo, a França e a Itália.

A acção de Afonso Costa no estrangeiro, como Presidente da Delegação Portuguesa à Conferência da Paz e como representante de Portugal nas diversas Conferências internacionais derivadas do pacto de Versailles, só é conhecida do país, em bloco, pelos resultados obtidos, de que ele, orador, deu conhecimento ao Con-