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Sessão dê 20 de Abril de 1921

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sidente da comissão de finanças, declaro que não tomo a responsabilidade do cumprimento dessa deliberação se esta Câmara a tomar.

Já cheguei a enviar um ofício ao Sr. Ministro das Finanças, que não era o actual, para vir a uma reunião de uma comissão, e nem assim veio.

O Poder Executivo não nos dá a honra de colaborar connosco.

O orador não reviu.

O Sr. Lima Alves : — Apenas duas palavras de mágoa.

Manifestei-me a favor da proposta do Sr. Constâncio de Oliveira por motivos que foram apreciados pelo" Sr. Ministro da Marinha, que também preferiu a proposta desse senhor.

Por isso ouvi com mágoa uma frase do Sr. Ernesto Navarro, o qual, depois de eu falar, afirmou que só se explicaria para não querer ferir susceptibilidades da empresa.

, Não protestei porque estou convencido de que, da boca dum Senador, não sairia frase que merecesse protesto.

Limito-me apenas a manifestar a minha mágoa, e a dizer que, nos actos da minha vida, nada há que dê o direito de supor que eu queira ferir interesses seja de quem for.

O orador não reviu.

O Sr..Ernesto Navarro:—É inútil afirmar que na minha frase não podia haver qualquer referência que magoasse.

Referi-me genericamente, e já ontem estranhei que pudesse haver qualquer susceptibilidade de não querer ferir os interesses dessa colectividade financeira, e, mesmo para não ferir tais interesses, não vejo que se vá contra os próprios interesses do Estado. o

O orador não reviu.

O Sr. Celestino de Almeida: — Se a minha memória me-não falha, pelo menos uni Sr. Ministro da Marinha houve que compareceu diante da comissão de finanças.

Nunca me passou pela idea de que, dada a atitude do Sr. Ministro da Marinha, possa haver dificuldades, e quê

S. Ex.a chame junto de si a Junta Autónoma e • lhe diga o que tem dito nesta casa; que lhe diga: .

—As propostas apresentadas representam um encargo financeiro gravoso para o Estado; reputo que os interesses legítimos do Estado foram muito mal defendidos nelas, e chamei-os aqui para saber qual é a última palavra dos senhores a respeito da concessão, visto que continuamente falam de novas concessões, e continuamente dizem que precisam*de modificar aquilo que está feito; os senhores ou já, ou num prazo muito curto, apresentam o limite das concessões que entenderem dever apresentar, e, se eu tiver modificado a minha opinião sobre a economia financeira dessas propostas, a ponto de não ter já relutância de espécie alguma em submetê-las à apreciação de quem de direito, que era neste caso o Senado, eu irei comunicá-las devidamente; se, porém, assioi não for, se não estiver de acordo com as últimas modificações, com as últimas alterações e as últimas melhorias, eu desligar-me hei de qualquer propósito de modificar o que está, e direi a minha opinião.

Então o Ministro da Marinha iria perante o Senado e exporia, com a correcção e com a franqueza . que lhe são habituais, o que aqui tem dito desde o primeiro dia, e o Senado ficaria então sabendo se ainda se podia fazer alguma cousa do que já há concluído, aproveitando-se assim o tempo, e isto. tem algum valor porque todos os dias se reconhece aqui 'a urgência em se fazer alguma cousa.

Aproveitar-se-ia assim o tempo que foi necessário para concursos, para organização de propostas, do tempo que foi necessário para estudar as obras hidráulicas e de todas as démarches, sempre demoradas, em casos destes.

Assim, Sr. Presidente, direi que seria a maneira de poder aproveitar todo este tempo, todo este trabalho apreciável pela sua correcção, e, digo-o francamente, sem receio da mais pequena má interpretação das minhas palavras, dos esforços e dos* gastos feitos por quem interveio no assunto.