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Diário 'das 'Sessões 'do Senado

já se dá por satisfeito; noutras um pouco mais felizes, mas aprese"taudo sempre a . colheita uma perda ou ruína.

Ea chamo a atenção de S,.Ex.& para este assunto, e que, estudando-o, o resolva mais em harmonia com os interesses nacionais.

Comtudo, afigura-se-me que é de justiça aumentar o preço estabelecido para o trigo nacional, justiça tanto maior quart-"to é um facto que nós estamos importando, e teremos do importar muito trigo a preços muito superior àquele por que pagamos o trigo nacional.

Vejo também que se anunciam modificações ao regime da moagem e panificação.

Tenho a certeza de que V. Ex.a, eu-trando neste assunto, o resolvprá também segundo os interesses nacionais. Em todo o caso ouço que se tenta aumentar, e aumentar considerávelmente, o preço do pão, criando dois tipos, um dos quais ficará por um -preço absolutamente arbitrário, à vontade do produtor.

Quere dizer, que teremos^subida de preço, que é nm preço exagerado.

Sr. Ministro: eu tenho a convicção de que o regime dos dois tipos de pão que tem vigorado desde há bastante tempo para cá, dando lugar a uma grande dite-rença de preços, tem sido a causa da imoralidade a que nós estamos a assistir nas indústrias da moagem e da panificação. As diferenças grandes de preço são prejudiciais e dão origem a que milhares de contos sofram desvios das algibeiras do consumidor para outras mais largas. A diferença de preços ô uma causa de se comer o pão mais caro. O preço do trigo que dá a farinha de 2.a qualidade é o mesmo do da de l.a, não se podendo admitir, portanto, uma diferença tão exagerada rio preço do pão.

Pt*la importância do assunto, eu permi-1 to-me chamar a atenção do Sr. Ministro para ele.

Fica assente que eu me manifesto contra as grandes diferenças de preços nos tipos de pão.

Devia talvez limitar-me a apresentar hoje os cumprimentos ao novo Sr. Ministro, mas, pela importância dos assuntos, tivo de produzir as considerações que o Senado acaba de ouvir.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Morais Rosa: — Sr. Presidente: pedi a palavra para, em nome do Partido Republicano Popular, apresentar os meus cumprimentos ao novo Ministro da Agricultura, Sr. Portugal Durão, fazendo ao mesmo tempo votos por que S. Ex.a, com as suas grandes qualidades e a sua grande inteligência concorra para o benefício dos interesses do país. • O orador nào reviu.

O Sr. Melo Barreto: — Sr. Presidente: na minha situação de absoluta independência política, não tendo a honra de pertencer a nenhum dos partidos cujos representantes acabam de usar da palavra, faltaria a um dever, .que não é apenas de cortezia parlamentar, se não dirigisse também os meus cumprimentos e as minhas felicitações ao novo Ministro da Agricultura. Quando se apresentou ao Senado o actual Governo, eu lamentei que as circunstâncias políticas não tivessem permitido ao Sr.'Bernardino Machado o colocar no seu Ministério, ao lado dos representantes dos partidos, alguns homens de valor quo o país respeita e aprecia-mas que não fazem parte do Parlamento. Realizou-se agora o provimento definitivo da pasta da Agricultura, e realizou-se em condições que efectivam o meu critério, então explanado, tornando, por assim dizer, mais ampla a fórmula em, que assenta o Gabinete. Assim, pois, seria ilógico senão registasse com satisfação o facto que o Sr. Presidente do Ministério acaba de comunicar ao Senado.

Isto pelo que diz respeito à tese que então sustentei. Quanto à pessoa escolhida, nada mais grato ao meu espírito e ao meu coração do que saudar no Sr. Ministro da Agricultura um dos colaboradores mais brilhantes e mais dedicados que eu tive na gerência da pasta dos negócios estrangeiros, na parte relativa à execução do Tratado de Paz !