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Diário das Sessões do Senado

não tendo outrora nem eira nem beira, vivem agora regaladamente, e com fortuna.

É um facto consumado, que eu trouxe à Câmara para pedir ao novo Ministro da Agricultura, em quem tenho grandes esperanças, que veja se pode obrigar essa repartição a um maior respeito pela distribuição aos géneros.

Da narração destes factos confio em que alguma cousa há-de resultar de benefício» para o futuro.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro da Agricultura (Portugal Durão): — Durante os poucos dias em que tenho exercido este meu cargo, só me tenho ocupado dos abastecimentos, e de ouvir reclamações.

Com respeito ao caso concreto, tomo nota dele e vou proceder às necessárias averiguações.

Estou tratando de tomar todas as providências necessárias e conto para esse fim com a colaboração do actual Comissário dos Abastecimentos, a quem presto justiça.

Eu estou absolutamente certo de qae, dentro de pouco tempo, havemos de conseguir que tudo entre no caminho da normalidade.

O orador não reviu.

O Sr. Júlio Ribeiro: — Numa cias localidades do nosso país — a Guarda, que faz lembrar uma parte da região da Sibéria— carece-se de andar munido dum b om vestuário. Pois a polícia dali, que suporta terríveis nortadas, vence ordenados perfeitamente irrisórios e miseráveis, j Bastará dizer que um chefe de polícia vence, afora a subvenção, que é diminuta,F$50 por dia!

A este respeito mando para a Mesa uma representação que é digna de ser devidamente ponderada e atendida.

Aproveito a ocasião de estar com a palavra para mandar para a Mesa um projecto de lei cujo fim é revogar alei n.° l :040, lei que é uma perfeita monstruosidade, atenta a sua falta de humanidade e de justiça.

Mando, pois, para a Mesa o projecto, que já foi visto pelo Sr. Ministro da Guerra, que concordou com ele..E requeiro a urgência para o mesmo projecto.

O Sr. Raimundo Meira: — Admira! O Sr. Ministro da Guerra disse ontem aqui o contrário.

O Orador: — Eu ouvi muito bem o que disse o Sr. Ministro da Guerra na presença do Sr. Presidente do Ministério.

O orador não reviu.

Dispensadas as formalidades regimentais, foi reconhecida a urgência para o projecto apresentado pelo Sr. Júlio Ribeiro.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior (Bernardino Machado): — Pedi a palavra para dizer que me associo inteiramente aos desejos do Sr. Júlio Eibeiro, .e devo afirmar que me estou ocupando da situação do pessoal da polícia cívica. Essa situação é, indiscutivel-msnte, precária, e eu estimarei muito que o Parlamento possa dispensar o seu concurso para que sejam atendidas reclamações justas da mesma polícia, tanto mais que se trata duma classe à qual muito devemos. As condições ein que a polícia cívica se encontra são de tal ordem que impedem, até, que se exija dela o cumprimento de todas as suas obrigações.

Folgo por declarar que estou inteiramente de acordo com as considerações do Sr. Júlio Ribeiro.

O orador não reviu.

O Sr. Jacinto Nunes: — Sr. Presidente: chamo a atenção do Sr. Ministro do Interior para as considerações que vou fazer.

A organização da guarda nacional republicana sofreu ultimamente uma alteração grave pelas suas consequências: os batalhões no Baixo Alentejo, que eram de cavalaria, passaram a ser de infantaria.

Quere dizer que para a maior parte do sul do Alentejo torna-se a guarda inútil. Concelhos com uma vasta área, como são Alcácer, Grândola, S. Tiago do Cacem e outros não têm guarda republicana de cavalaria e a infantaria hão pode fazer a policia rural, que é a missão mais importante da guarda nacional republicana.

Sem cavalaria não se pode para serviço urgente; oito ou dez léguas a pé, não pode ser.