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Sessão de 11 de Maio de 1921

de fazer não devem subsistir as razões que o Sr. Rodrigues "Gaspar tinha para o seu pedido.

Proponho por isso que não seja aceito esse pedido.

O Sr. Vicente Ramos: — Os Senadores independentes entendem que não deve ser concedida a exoneração pedida pelo Sr. Rodrigues Gaspar, porque de-, certo S. Ex.a faz muita falta na comissão de obras públicas.

O Sr. Lima Alves:—Os Senadores reconstituintes, tendo a certeza de que todos os membros da Câmara se estimam, respeitam e consideram, compreendendo os melindres do Sr. Rodriguos Gaspar, entendem todavia que S. Ex.a já recebeu todas as explicações.

O Sr. Celestino de Almeida—Pedi a palavra apenas para dizer que o Sr. Rodrigues Gaspar, como distinto oficial de marinha que ó, se em todas as comissões está bem e em todas elas pode prestar altíssimos serviços, na comissão do portos, como oficial de marinha que é, tem S.Ex.a um lugar especialmente reservado para a sua categoria e seus especiais conhecimentos ; e por isso, como não considero que S. Ex.a tenha motivos de qualquer ordem para deixar de fazer parte daquela comissão, não posso esquecer que S. Ex.a tem o dever imperativo de continuar a figurar nessa comissão.

Tenho dito, e os meus votos são para que S. Ex.a continue nessa comissão.

O Sr. Rodrigues Gaspar: — Sr. Presidente : pedi a palavra apenas para agradecer aos meus ilustres colegas que falaram sobre o assunto a amabilidade com que me trataram. Em todo o caso eu peço que ponderem bem as condições em que pedi a exoneração, a fim de poderem votar de modo a porem a questão em si próprios. Seja qual for a resolução do Senado, eu declaro que submeter-me hei a ela.

Tenho dito.

Posto à votação o pedido de demissão, não foi concedido.

O Sr. Presidente: — O Sr. Lobo Alves pediu a palavra para um negócio urgente.

O assunto desse negócio urgente é: tratar do chamado contrato de trigos em troca de vinhos e outros produtos nacio-cionais com o Canadá.

Os Srs. Senadores que consideram urgente este assunto tenham a bondade de se levantar.

O Senado considerou urgente.

O Sr, Lobo Alves: — Sr. Presidente: começo por agradecer a V. Ex.a e ao Senado o favor de me consentirem que, em negócio urgente, eu usasse da palavra para mais uma vez tratar da situação do Douro, aproveitando a estada nesta Câmara do Sr. Ministro da Agricultura, por isso que li nos jornais que no Conselho de Ministros de ontem à noite se tinham trocado impressões e tomado resoluções sobre o chamado contrato do Canadá, e eu desejava preguntar a S. Ex.a o que há a tal respeito e que ao Douro e ao país interessa conhecer.

Tanto no norte como no sul, mas sobretudo na região do Douro, país do vinho generoso e inegualável, e no Pôrto-Gaia, os lavradores e associações comerciais e agrícolas, os produtores e exportadores estão realmente desejosos de saber o que se passa e se podem ter esperanças de vender e exportar vinhos ou ter saída para as suas colheitas em armazém, pejando as adegas G vasilhame tam necessários para as próximas novidades a vindimar.

Devo tambóm dizer a V. Ex.a que folgo de ver presente o Sr. Presidente do Ministério, anterior Ministro da Agricultura, por isso que, perante S.. Ex.a, prefiro 'dizer ao Sr. Ministro da Agricultura actual o que em resumo penso sobre os termos publicados pelos jornais da tal proposta e sobre esse caso.