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Diário das Sessões do Senado

não porque não conhecesse o assunto, mas por um excesso de escrúpulo que tinha por fim evitar todos os melindres possíveis cesta nova comissão. Foi para que as cousas corressem rapidamente que eu pedi a um Sr.- Senador que estudasse o assunto e marcasse bem uma orientação, pois que esse Sr. Senador seria possivelmente o relator.

Eis o que eu tinha tenção de dizer v. V. Ex.a e o Senado. Tendo louvado, como louvei, o Sr. Galhardo, não posso, "todavia, acompanhá-lo na sua indignação relativamente ao procedimento das outras comissões.

O orador não reviu.

O Sr. Afonso de Lemos: — Creio que o Senado já gastou tempo demasiado com este assunto, que está completamente elucidado; e, nestas condições, mando para a Mesa a seguinte moção:

«O Senado, mantendo .a resolução tomada na última sessão legislativa, convida as comissões respectivas a seguir à risca e com a possível urgência os preceitos regimentais. — Afonso de Lemos-».

Devo acrescentar que nestas palavras, não há qualquer melindre da minaa parte para ninguém. Simplesmente me anima o desejo de que o Senado mantenha a sua dignidade.

Lida na Mesa a moção do Sr. Afonso de Lemos, foi admitida e ficou em discussão.

O Sr. Rodrigues Gaspar: — É simplesmente para esclarecer uma frase aqui pronunciada. Depois do parecer estar assinado, é que eu disse que não sabia o que era esse parecer. Por isso é que eu disse que o mesmo parecer não podia ter a minha assinatura.

É claro que não podia fazer uzn juízo do parecer sem o ter visto.

O Sr. Herculano Galhardo: — Eu lamento que a prática seguida e revelada pelo Sr. Celestino de Almeida haja levado o Sr. Afonso de Lemos a mandar a sna moção para a Mesa.

De resto, eu concordo com essa moção, mas lamento que o Senado tenha de convidar as suas comissões a trabalhar nos termos regimentais.

O assunto especial a que se referia o.

Sr. Senador, dizendo que tinha escolhido antecipadamente um dos membros da comissão para se ocupar do assunto para mais tarde ser ouvido o Sr. Rodrigues Gaspar, leva-me a dizer que tenho bons fundamentos para divergir da opinião de S. Ex.a

Era. evidentemente, de conveniência que a comissão tivesse ouvido o Sr. Rodrigues Gaspar, quo estudaria o assunto sendo chamado a urna segunda sessão; e, havendo na comissão dois engenheiros, certamente que ela ficaria melhor elucidada, visto os restantes membros não terem a necessária preparação.

,;Como ficariam entflo ou outros membros da comissão qte não tiveram essa preparação? Ficariam numa situação de desigualdade, o que não sucederia se a comissão tivesse reunido.

Apesar de considerar muito violenta a moção, voto-a porque entendo que é sempre pouco tudo quanto se faça para o rigoroso cumprimento do Regimento.

, O orador não reviu.

O Sr. Celestino de Almeida: — Não há

dúvida de que os engenheiros estão bem, corno quaisquer outros membros do Senado, nas comissões, mas não se tratava de apreciar cousas sob o ponto de vista-da engenharia, mas sim do comércio.

Não encarreguei o Sr. Ernesto Navarro de estudar o assunto, porque sabia que S. Ex.a, nesta ocasião, não podia ocu-par-se dele.

O Sr. Ernesto Navarro:—De facto não poderia encarregar-me de relatar, mas poderia participar da discussão na comissão.

O Orador: — Estou referindo-me ao ponto especial de escolher quem possivelmente fosse relator.

O Sr. Herculano Galhardo também, pelos seus afazeres e por andar incomodado, não podia encarregar-se disso.

Posta à votação a moção, é aprovada.

O Sr. Presidente: — Vou pôr à votação o pedido de exoneração apresentado pelo Sr. Rodrigues Gaspar, de membro da comissão de obras públicas.