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Diário das Sessões do Senado
bendo-se que os parlamentares se tinham de dirigir por essas linhas,
aumentaram-se as zonas.
O Sr. Presidente: — Tenho a prevenir V. Ex.ª que só tem mais um minuto para concluir o seu discurso.
O Orador: — Sim, Sr. Presidente.
Por esta forma desejo tam sómente lavrar o meu protesto, para que se não diga e se não pense que a Companhia, que é inglesa, que tem a sua direcção em Londres, e apenas os seus representantes em Portugal, se encontra em país conquistado.
O orador não reviu.
O Sr. Vasco Marques: — Acabo de receber um telegrama da Câmara Municipal do Funchal em que pede a minha intervenção no sentido de ser discutido um projecto já aprovado na outra Câmara, e que deve já estar nesta, acêrca de um adicional sôbre as mercadorias importadas e destinado à serviços de incêndio.
De facto, trata-se de uma medida urgentíssima.
O serviço de incêndios, tendo pessoal esplêndido, que tantas vezes sacrifica a sua vida e que não se poupa a esforços de espécie alguma nos momentos de perigo, luta com absoluta falta de material.
Por tal motivo, foi apresentado na Câmara dos Deputados um projecto de lei criando um adicional destinado à compra dêsse material, projecto êsse que foi ali aprovado e remetido, para esta Câmara.
Peço, portanto, a V. Ex.ª, Sr. Presidente, que se digne marcar êsse projecto para ordem do dia de uma das próximas sessões, caso êle já tenha os respectivos pareceres.
O Sr. Presidente: — ¿V. Ex.ª diz-me o número dêsse projecto?
O Orador: — Eu vou informar-me e depois direi a V. Ex.ª O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — O Sr. Catanho de Meneses pediu a palavra para um negócio urgente.
Êsse negócio urgente diz respeito à nomeação de novos governadores no ultramar.
Os Srs. Senadores que consideram urgente êste assunto, tenham a bondade de se levantar.
Foi considerado urgente.
O Sr. Catanho de Meneses: — Sr. Presidente: há dias o ilustre leader do Partido Nacionalista, o Sr. Augusto de Vasconcelos, procurou-me, entregando-me uma lista de dois nomes.
Êsses dois nomes eram os das pessoas que, segundo S. Ex.ª me informou, o Govêrno apresentaria um para governador da província da Guiné e outro para governador da província de S. Tomé
O primeiro era o Sr. Carlos de Vasconcelos, Deputado, e o segundo o Sr. Soares Branco, que é actualmente, suponho, o secretario do Sr. Ministro das Colónias.
Disse então a S. Ex.ª que iria consultar sôbre essa proposta os órgãos dirigentes do meu Partido, e que por mim não poderia dar informação alguma a êsse respeito.
O Sr. Augusto de Vasconcelos retorquiu-me então, com toda a gentileza, que a indicação que êle me fazia significava apenas uma cortesia não só para comigo mas também para êste lado da Câmara. Nada mais.
Ora aconteceu o seguinte: o Sr. Jorge Frederico Velez Caroço, governador que foi da província da Guiné, pediu a sua demissão nos termos que constam de um requerimento cuja cópia tenho aqui presente.
O requerimento foi apresentado ao actual Ministro das Colónias, que o deferiu, dando a exoneração ao requerente.
É de notar que não era um simples pedido de exoneração; era, deixe-me V. Ex.ª assim dizer, como que um pedido de exoneração condicional, e digo condicional, por que S. Ex.ª alegava que o motivo por que se via obrigado a pedir a sua exoneração era a circunstância de ver que a sua acção, a proficuidade das medidas que queria tomar, não se podiam tornar efectivas.
S. Ex.ª aludia por exemplo à circunstância de o secretário do Govêrno daquela província ter cometido tais faltas, que S. Ex.ª entendeu que excediam a alçada