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/Sessão de lô de Janeiro de

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nistração rigorosa e honesta, cortando em tudo que seja supérfluo e suprimindo todas as despesas inúteis, que as há em todos os Ministérios.

Muitas delas têm sido aqui apontadas pelos Senadores de todos os lados da Câmara. Todos nós desejamos que o Govêr-no continue nesse caminho e que dedique tambóni um pouco de atenção para o problema da carestia da vida, não menos grave que o problema financeiro.

Seguindo o Governo essa orientação, podo contar com o apoio decidido e franco do grupo de Senadores que teulio a honra de representar nesto momento.

Tenho dito.

O Sr. Dias de Andrade:—Sr. Presidente:- cumprindo as praxes parlamentares, ou, em norno da minoria católica desta casa do Parlamento, apresento os meus cumprimentos e saudações ao ilustre chefe do Governo, Sr. Álvaro de Castro, e a todos os seus colaboradores do Ministério. E feitos gostosamente estes cumprimentos, eu direi em poucas palavras, a atitude desta minoria perante o Governo.

Sr. Presidente: afirmar hoje que nós atravessamos urna hora grave, mas muito gravo, a mais grave da nossa história, não é senão repetir aquilo que tanta vez se tem afirmado, mas creio que nunca será demais repeti-lo para que esta convicção se grave bem fundo na consciência de todos os portugueses — governantes e governados.

Do erro em erro, chegámos a uma situação que, se não é ainda desesperada, é já verdadeiramente alarmante. Assumindo o Sr. Álvaro do Castro o Poder nesta conjuntura toma perante o país uma grave responsabilidade, uma responsabilidade tremenda.

O país tem o direito do exigir do Governo, uma obra útil, proveitosa e patriótica. E de justiça reconhecer —e eu fora e acima dos partidarismos o reconheço — que os primeiros actos do Governo são a afirmação de um bom propósito.

São esses actos muito discutíveis sob muitos pontos de vista, não obedecendo a um plano geral, moderadamente estudado; podem muitos deles ser contraproducentes nos seus efeitos, mas são alguma cousa e essa alguma cousa não deixa de merecer louvores.

o Governo resolvido a fazer muito mais do que isso. a lazer a obra que o país exige, e as circunstâncias impõem? Para essa obra patriótica do ordem, de paz e de ressurgimento nacional pode o Governo contar com a nossa leal cooperação.

E nada mais eu diria, Sr. Presidente, se não tivesse de significar ao Sr. Presidente do Ministério a minha estranheza pelo silêncio da sua Declaração Ministerial a respeito das reclamações íormula-das pelos católicos e apresentadas ao Parlamento.

Eu faço justiça à inteligência e boas intenções do Sr. Presidente do Ministério; c, porque as faço, S. Ex.a compreende como eu que para a solução do problema nacional é precisa a acção inteligente, enérgica e decidida do Governo; mas para que essa acção não baste é preciso o trabalho e o esforço de todos.

Essa convergência de esforços nunca pode realizar-se sem serem atendidas as justas reclamações da grande maioria, da grande massa do país, que é católica.

Fio inteiramente do patriotismo e dos propósitos do Governo de que essas reclamações serão atendidas no interesse da solução do ingente problema nacional.

Tenho dito.

O Sr. Tomás ds Vilhena : — Sr. Presidente: uma das obras que os comentadores mais enalteciam no padre António Vieira era a facilidade com que sobre o mesmo tema ele conseguia unia grande quantidade de sormões, todos ôles de primeira ordem e todos eles duma variedade perfeita.

Tivemos um outro mestre da eloquência, que foi o padre Malhão.

Este homem foi durante vinte e tantos anos pregar o sou sermão a Xazaró, de onde se deu o episódio de Fuás Eoupinho, o nunca repetia o mesmo discurso; cada ano ele constituía uma completa novidade.

Ora, é preciso ter um grande cérebro e unia inteligência excepcional, para sobro o mesmo torna mio .bordar as mesmas considerações.