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Diário das Sessões do Senado

sombro.. a que já tive ocasião do prestar homenagem, pelo Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, que me horra com a sua amizade e que pelos seus talentos e pelas á nas Inatas qualidades de diplomata está muito bem na sua pasta, devendo-lhe já o Pciís relevantes serviços na sua gerência e o Sr. Ministro das Colónias, igualmente meu antigo amigo, repu.-blicano dos bons tempos, com qualidades de energia e decisão.

O Partido Democrático, que não queria que o meu partido governasse, esteve no seu papel, contribuindo parr. a constituição do Ministério e r indicando para a sua Presidência o Sr. Álvaro cê Casstro, que por experiência própria, ele sabia ser mestre cm dissidências, e que mais uma vez não iludiu as esperanças, que* foram poetas na sua acção.

Se eufprovi a Presidência do G-ovC1 no do Sr. Alvar D de Castro devo dizer à Câmara, que n,Io previ outras das nomeações e sobretudo uma delas, a do Sr. Ministro do Interior.

Deu-se até o caso de ter visto num [ornai de Londres o telegrama com a constituição do Ministério e não ter acreditado nessa designação. Dísse-o a alguém e sucedeu que nessa tarde o telegrama oficial com a constituição do Ministério não continha o nome do Sr. Ministro do Interior.

Triunfei, infelizmente por pouco tempo, e lembro-me :|ue disse ao meu interlocutor:

«É o que ou ihe dizia, podia lá ser»!

E que, amigo do Sr. Sá Cardoso, admirador das suas qualidades e crente na sua coerência política, eu não podia acreditar que S. Ex.a, a quem tinha ouvido como presidente de uma assemblea partidária, um eloquente e inflamado discurso contra a participação do Partido Nacionalista num Ministério com o Partido Democrático, mesmo sob a fórmula de um Ministério nacional, presidido pelo Sr. Afonso Costa, quatro semanas depois aceitasse uma pasta num Ministério constituído exactamente nas fórmulas que ele tinha tam energicamente repudiado.

j Não há dúvida porém; é bem o Sr. Sá Cardoso, que tem de se sentar ao lado do Sr. José Domingues dos Santos!

Na ps>ra da Guerra vejo um militar, valente o brioso, a cuja família estou ligado poj laços da mais estreita amizade e q ao sabe honrar as hereditárias tradições de i:rn nome que os republicanos de todos os partidos aprenderam a respeitar. Não duvidamos quo ele há-de suber cumprir o honroso mandato de chefe do exército com. a mesma galhardia com que sempre soube defrontar-se com o inimigo.

Admirador do talento brilhante do Sr. Ministro do Comércio, um dos mais brilhantes da sua geração, e que 6 dos raros que alia às faculdades do seu engenho notáveis qualidades de realização, muito teria a esperar da sua acção o País se S. Ex.a quisesse ou pudesso con-sers~ar-se naquela cadeira. Quere-meparecer, porém, que só 'transitoriamente a ocupa; a minha amizade e a simpatia que S. £x.a me inspira levam-me mesmo a desejar que assim seja.