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tieasão de 16 de Janeiro de 1924

todo o mundo assombrado porque lhe vieram ensinar uma nova arte, a de navegar no espaço, para que essa marinha de guerra não tenha de ensombrar a Kai-nha do Tejo deitando contra ela granadas, a marinha não, dois ou três elementos seus, mal precavidos.

(j Pois, Sr. Presidente, qual é a solução desta crise?

E chamar ao Poder o Sr. Álvaro de Castro.

Não suponha S. Ex.a que eu lhe quero mal; eu também sou amigo de seu pai, apesar de em certos campos nunca nos podermos encontrar; mas inquestionavelmente S. Ex.a é um revolucionário, rompeu a unidade do seu partido, e S. Ex.a procedendo assim não fez nenhum bem à Eepública;

Apoiados fortes dos nacionalistas.

£ E qual é a situação do Ministério -presidido pelo Sr. Álvaro de Castro?

O Sr. Álvaro de Castro, com toda a sua inteligência e aptidão, passou a ser única e simplesmente íeudatário do Partido Democrático.

Apoiados das bancadas nacionalistas.

Não apoiados democi-áiicos.

Ainda há pouco o meu amigo Sr. Pereira Osório lhe recomendou vigilância sobre os seus colegas, sobre cousinhas que podem abrir rombo na nau do Estado.

O conselho do nosso amigo foi um conselho a tempo, e preveniu S. Ex.a de que quando quiser bulir com aquelas idoas gerais sobre política que professa o seu partido, tome cautela.

Ora aqui está a situação em que S. Ex.a se encontra, situação que é muito grave, que é muito diíícil.

, Ora vamos a ver como é que S. Sx.a poderá sair dela.

Eu vejo aqui na Seara Nova. . .

Leu.

Foi isso que os fez aceitar o lugar neste Governo.

S. Ex.as não podem pôr em prática cousa nenhuma por maior vontade que tenham, S. Ex.as a esta hora hão-de já ter visto como as tais pequeninas cousas produzem fendas, e fendas grandes, na nau do Estado. E quando S. Ex.as forom a um campo de reformas em que há sempre interesses, se esses interôsses forem de encontro à maioria.de quem S. Ex.as

estão absolutamente dependentes, S.Sx.as hão-do dizer quo um velho, que não ó o do Sestelo, nuis quo se parece, lhes disso grandes verdades, com pena de os não ver aqui noutra ocasião, quando tivessem o campo muis ampio, mais largo, para mostrarem as tmas qualidades c!e homens de inteligência e de homens do carácter.

Agora vamos a ver como se há-de resolver tudo isto. Amanhã há fenda na nau.

O que acontece?

E quo S. Ex.a tom de se ir embora para casa.

4Quem é que o há-de deitar abaixo?

O Partido Democrático.

(j S. Ex.a pede então a dissolução?

Não peiise nisso.

A ditadura pode servir í;um outro re-gimo, mas o qr.e ó preciso Habcr, por :ue ó da lição da história, ô que uma. dorno-cracia nunca se regenerou com uma ditadura.

A ditadura é de origem romana.

S. Ex.a sabe como começaram as ditaduras. A ditadura começou por ser de carácter essencialmente militar. Como havia a dualidade dcs dois cônsules, quando a pátria estava em perigo entregava-se o comando a um só homem. Foram assim as primeiras ditaduras romanas, que como eu já disse eram apenas ditadura militar, o iodos os outros Poderes resignavam as suas í unções.

Veja S. Ex.fc, por exemplo, o que sucedeu com Cincinato". Cincinatc estava nos campos, onde o foram buscar para comandar o exército, e acabada a guerra voltou para o campo a pegar na rábica do arado.

Foi depois que começaram as ditaduras políticas de César e Pompeu o o que sucedeu conhecem S. Ex.BS, certamente, tam bem como eu.

Portanto, eu aconselho a_S. Ex.a que não se meta em ditaduras, porque lhe pode sair caro.