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Diário das Sessões do Senado

de Outubro ; refiro-me ao Sr. Ministro das Colónias, revolucionário que se bateu com valentia, criatura das mais honestas que têm administrado no regime republicano; é S. Ex." para todos nós, republicanos de õ do Outubro, uma das pessoas mais categorizadas que têm correspondido ÍLO objectivo de que prima a República cie 1910.

Escuso de fazer eguais encómios ao Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros porque S. Ex.;i é sobejamente conhecido nesta Câmara,

A felicidade de S. Ex.a foi até ao pcnto de escolher também para Ministro e colaborador para a pasta do Comércio urna pessoa da geração de 1910, que eu reputo das mais inteligentes e das mais honestas da República.

Refiro-me ao Sr. António da Fonseca, que honra a Pátria, a terra onde nasceu, honra também os seus amigos como eu, os seus amigos incondicionais.

Teve também S. Ex.a a felicidade de escolher para a pasta da Guerra um nome gloriooso, um dos mais destemidos soldados dr República como disse há pouco o ilustre Irader nacionalista e que eu reputo como verdadeira justiça, como palavms saídas dum verdadeiro republicano.

As rainhas observações poderão traduzir UIH,:L determinada oposição a alguns nomes que fazem parte do elenco ministerial. . - .

Refiro-mt- aos representantes da Se-ira

Como republicano, mio . devo esquecer as informações que tenho acerca do passado do Sr. Ministro da Instrução.

Se S. Ex.1 fizer obra republicana, e se se afirmar um bom republicano, não terei dúvida alguma em felicitar o. Sr. Álvaro de Castro pela escolha que fez.

O Sr. Ministro da Agricultura representa também a Seara Nova.

É S. Ex.a um alto funcionário do Ministério da Agricultura.

Têm por essa pasta passado muitos Ministros, cujas medidas que tem presente resultaram contraproducentes.

Elas naturalmente foram originadas nas 2%epartições técnicas do Ministério, e assim S. Ex.a é possível que como director geral tenha egualrnente fornecido elementos a esses Ministros*

Não poderei, pois, felicitar a indicação do seu nome para essa pasta.

Estive por largo tempo íora da política activa; mas, logo que regressei, o meu primeiro cuidado foi pôr-me em contacto com a opinião pública.

Ao começo, o Governo actual não encontrou um ambiente favorável; mas, quando o País teve conhecimento das afirmações concretas e patrióticas do Sr. Álvaro de Castro, quando soube das medidas tomadas pelo Governo, esse ambiente raudou completamente c criou-se uma atmosfera de simpatia que deve encorajar o Governo na sua obra.

Pouco importa que as reduções de despesa até agora feitas sejam de somenos importância, o que é necessário é que se faça rigorosa economia, doa a quem doer.

Na pasta da Guerra está uma das figuras mais simpáticas do exército nacional, e que pela causa republicana se tem sacrificado. O exército tem confiança nele.

Estou em contacto com alguns elementos republicanos de acção que estão dispostos a auxiliar o Governo na sua obra, desde que se mantenha no propósito firme, seguro e certo de fazer as economias que a nação exige, e desde que acabe com os desvarios que se praticaram durante 13 anos-de administração republicana. Xão deixe V. Ex.a enveredar pelo caminho c as leis do excepção ; não consin- • ta, Sr. Presidente do Ministério, que os Srs. Ministro da Agricultura, Interior, etc. façam o mesmo que fizeram os seus antecessores com a lei n.° 922, decretos n.os 8:444 e 8:724.

Faça V. Ex.a uma política diferente daquela cue tem sido feita na pasta da Agricultura no tocante ao regime cerealífero.

Devia-se ter permitido a livre importação de trigos e farinhas e isso não se fez. Foi um erro porque o pão encareceu e o povo não está satisfeito com as medidas tomadas pelos antecessores de V. Ex.a

Diz V. Ex.a no seu relatório, Sr. Presidente de Ministério — e honra lhe seja feita — que não se arreceia dos protestos daqueles cujos interesses hão-de ser fatalmente feridos.