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Diário das Sessões do Senado

Por outro lado: muitas vezes temos que olhai* na distribuição dos serviços para determinadas pessoas que estão em certos locais o são capazes de produzir determinados benefícios.

Ora em Guimarães não há um chefe de sub-regifio qualquer.

Em Guimarães está uni agrónomo, o Sr. Mota Prego, que é um devotado apóstolo da instrução agrícola.

Apoiados.

Uma das sub-regiões que persiste também é Beja, porque é um centro cerealífero de primeira importância. Não deve desaparecer, deve antes melhorar-se.

O diploma tem por objecto principal procurar melhorar as cousas, tirando-se todo o partido que possa ser da situação actual.

É claro que só podia deitar poeira nos olhos e criar serviços em todo o País ao mesmo tempo, mas no Diário do Governo, quando o País o que deseja é que esses serviços existam realmente.

O que interessa ao País ó que nas regiões onde hão de actuar os núcleos, eles só encontrem guarnecidos por homens competentes e esses homens sairão da estação central e lá vão fazer bom trabalho.

Nesta altura S. Ex.a enxertou nesta discussão—e eu podia dizer que não vinha preparado para entrar nesse campo — a apreciação do diploma que diz respeito aos trabalhos de patologia vegetal, e como eu conheço o assunto, acompanho o debate.

Havia um. núcleo de trabalhos de patologia, que era dos tais organismos sem função, e os funcionários que dôle faziam parte passaram à categoria de adidos ; continuam recebendo dinheiro sem trabalhar também, mas já recebem monos.

O Sr. Lima Alves, na crítica que fez a essa organização insistiu sobre o aumento de despesa, mas devo dizer que os Lugares a prover hão-de quási sempre ser providos por funcionários excedemes de outros serviços, como por exemplo, o bibliotecário que se vai buscar ao quadro dos engenheiros agrónomos onde poderia ficar sem fazer nada.

Para dar o exemplo à Câmara de que S. Ex.a nem sempre foi feliz nas suas apreciações., eu devo frisar esto facto;

S. Ex.a disse que foi suprimido o lugar de desenhador quando este afinal já tinha morrido.

Eu posso assegurar, Sr. Presidente, a V. Ex.a e à Câmara que esse desenhador, não morreu.

Estava no laboratório de patologia vegetal um desenhador das obras públicas, um homem que está acostumado a fazer projectos, mas nunca desenhos-projectos dos que aproveitam à patologia vegetal.

Este lugar desapareceu agora por esta maneira de ser.

Isto vai como exemplo, e tenho obrigação" do afirmar que pelo decreto devem utilizar-se melhor os funcionários, e, quando houver necessidade de qualquer modificação mais funda, far-se-há também sem aumento de despesa, com recurso ao Fundo do Fomento Agrícola.

Posto isto, Sr. Presidente, eu não sei que mais cousas diga; quero apenas afirmar roais uma vez que não houve nunca, nem há, o intuito de baralhar o que S. Ex.a descobriu, e antes o de esclarecer.

£ Sabem V. Ex.as na organização do Sr. Lima Alves quantas eram as Direcções Gerais?

Eram nove, foram reduzidas, pela intervenção do Sr. Ernesto Navarro, a cinco.

Já foram por mim reduzidas essas cinco a quatro, e conseguimos assim, S. Ex.a e ^u, uma supressão de numerosos lugares.

S. Ex.a atacou o diploma n.° 9:148. Do seu lado, além do seu esclarecido espírito, não encontra mais ninguém que valha; eu pela minha parte tenho uma longa lista de bons técnicos a apoiar-me, todos os professores do Instituto Superior de Agronomia — à excepção de S. Ex.a — e ainda há pouco Mota Prego me mandou uma carta de adesão.

Tenho a meu lado nomes de fama, nomes que representam Portugal nobremente quando é preciso nestas questões agronómicas, tais como Rebelo da Silva, Sousa da Câmara, Luís de Castro, Cincinato da Costa, Joaquim Rasteiro e muitos mais.

Tenho também a geração nova a meu lado e desta principalmente há muito a esperar-