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Diário das Sêisôe* do Senado

Logo q-ie sejam aprovadas as principais medidas financeiras do Govôri.o, trarei ao Parlamento essa reforna.

Quanto n. raiva, na rearg,i.i;zaçí o cos serviços c0 saúde, que pendente i.a Cíl-mara dos Deputados está ó í^stintc devl-damente acautelado.

Lancei as bases, em Coimbra, ie um instituto de estudos e trabalho? anti-robi-cos, nias questões de varie oído::! tem impedido que alguma cousa de jr:?itho se tenna feito.

Ac

Vozes :— Muito bem. Muitc bem.

O Sr. Madeiros Franco:—Agradece ES palavras de S. Ex.a, o qual porá toda a sua atenção na solução destas as?.Ln"os confirme quero crer.

O Sr. Procópio de Freitas:—Sr. ?r?«°-denf*: primeiramente agradeço ao Sr. ili-nistro da Instrução Pública a sua nnidM-lidaciií de vir hoje aqui, satisfr zendo as^in prontaineme o meu pedido.

Cm dos assuntos para que despi: chr-mar a P na atenção é para as c^colíis pH-márias superiores.

Por um decreto do actual 3oirôuio foram exiiníss estas escolas. Eiuora •\ttej.a convencido que, com essas escolas j-r praticaram ai; u sós e favoritísmos, a minha opin:ào ó de que elas deviam ser reino d e-ladas, adap~ando-as às necessidades réca-cas das virias regiões onde e não instile -das e não extintas.

Para tranquilidade dos p;.lç; ti ore7., etc., dos ilunos que freqúentim as escc-las primáriíis superiores, des?;a^a |U= 3 Sr. Ministro da Instrução Púb iça diss^^t! o que é que tenciona fazer dê-;>os ai mo=. os quais tdm direitos adquiriios, e é necessário jiie esses direitos s

Oníro assunto, a que mo qirrc r:forii, é o da instrução na Ilha da .Vr.deir.u E-T. geral o> Governos da RepúWca ní.c t3n.L olhado com a devida atenção para n ias-truçSo "Io povo, dando isso lu^ar a -u3 n percentagem de analfabetos ser enorme.

Na Madeira é muito grande essa percentagem.

É necessário que o Estado tenha escolas sniicientes para a, instrução e educação do po\o, a fim de este tião ter necessidade de recorrer a escolas particulares, onde a instrução está entregue inclusivamente a pad::es, que se aproveitam da situação para fazer propaganda religiosa, como se dá por exemplo numa escola de artes e ofícios quo foi criada há pouco tempo na Mi-dr .rã para educar rapazes maios vadios, rscolr. que está entregue à direcção de um padre, qae anda com eles atrás das prcci^í-ões, entoando cantos religiosos, o quo é mesmo contrário à ^ei, creio eu.

Como já disse, o analfabetismo na Madeira i enorme, e tenho aqui uma nota estatística, que não garanto que seja exacta, porque as estatísticas, nem sempre primam pela exactidão, mas quo dá bem. a idea das condições de inferioridade em que o distrito do Funchal se encontra relativamente a outros do país, no que diz respeito ao número de escolas, comparado com o ;:.úmero de crianças i.a idade escolar. Por ucui sf vê a necessidade absoluta que há do Sr. Ministro da Instrução Pública lançar as suas vistas para o distrito do Funchal, 'l'j modo a serem lá criadas mais escolas, porque, existindo oO:141 crianças nr, idade escolar, existem oitenta e tal escolas.

Ora isto não pode ser, é absolutamente indispensável atender a este estado de cousas.

Como V. Ex.a sabe, os homens do campo 'têm uma grande, reluntância em mandar os seus filhos para as escolas, iiEê.ginam mesmo que é incompatível o aprnhar erva com o saber-se ler e escrever.

E necessário que os professores façam propapçmda no sentido de ôles mandarem 'os >eus filhos para a escola, e convençam esses homens que o facto dos filhos saberem ler e escrever não cuere dizer que sejam doutores e não possam continuar a apanhar erva.

Há um desinierêsse quási absoluto pela instrução e ó indispensável que a Kepú-blica olhe para Gste assunto com toda a atenção.