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Diário da* Setiôet do Senado

O Orador:—Perfeitamente de acordo; a prática podem prová-la, na Faculdade de Direito ou qualquer outra. Natural é que, a esses que se dedicam a outras especialidades que não sejam a de advogar, exercer medicina, matemática, etc., se dê a preferência para leccionar porque se dedicam exclusivamente a ser professores e não se dedicam a mais nada.

S. Ex.a disse que eles só aprendiam pedagogia nos últimos anos de licenciatura.

No primeiro ano da Escola Normal é que eles aprendem pedagogia, e eu peço agora a 3« Ex.a para me dizer qual é o ano mais em que eles têm essa cadeira,

O Sr. Silva Barreto:—Não há mais.

O Orador: — Não têm absolutamente nenhum, e, como S. Ex.a sabe, a nossa preparação nas Universidades é um flagelo: não SB fazem homens, fazem-se bacharéis.'

A preferência, que eu lhes quero dar ó para que eles prendam a sua atenção pela sua imaginação.

A pedagogia única que existe depois de Sócrates é uma gimnástica racional ác pensamento e é essa gimnástica que eu quero que eles comecem a aprender ainda como alunos. /

É isto apenas o que quero, mais nada.

& muito natural que quem se dedique á vida de professor tenha preferência para professor, porque mesmo o seu curso não habilita para mais nada.

Dizem S. Ex.ai que assim todos os anos era necessário limitar o número de alunos na Escola Primária Superior, porque seriam inúmeros os candidatos. De acOrdo, mas se eles não tiverem garantidos os seus direitos S. Ex.as podem ter a certeza que essa Escola tem de fechar por falta de alunos.

Os cursos de engenheiro, médico, advo-gadoj tom o pulso livre para concorrer a várias cousas mas o curso de professor não. Por emquanto a única regalia que há é para as alunas, que estão no último ano de licenciatura terem preferência

para professoras provisórias nos liceus femininos.

& Porque é que não havemos nós de tornar essa regalia extensiva aos alunos?

O Sr. Ferreira de Simas: — O que se podia era apresentar um projecto de lei fazendo desaparecer essa vantagem que têm as alunas.

O Orador:—Não aproveitaríamos nada com isso ...

O Sr. Presidente: —V. Ex.a fica com a palavra reservada.

Antes de se encenar a sessão

O Sr. Medeiros Franco: — Sr. Presidente: recebi há pouco uma carta do ilustre Senador Sr. Catanho de Meneses em que me pede que faça ao Senado uma comunicação, qual é a de que S. Ex.a virá ao Senado ainda esta semana para se liquidar o assunto do inquilinato.

S. Ex.a leu a referência dum jornal da noute acerca da atitude do Senado perante a lei do inquilinato, referência contra a qual eo ontem protestei, e pede-me que transmita eu ao Senado que a sua feita seja interpretada não como má vontade. Acrescenta que ainda há poucos dias um jornal anunciou a sua partida para, o Norte, quando é certo ter estado doente. Por virtude de indicação médica não pode sair de casa depois das 5 horas da tarde, o que não lhe tem permitido vir aqui ao Senado. Só depois de férias de Carnaval estará habilitado a vir aqui.

Eis a comunicação que eu tinha a fazer conforme o pedido de S. Ex.a

O orador não reviu.

O Sr. Presidente : — A próxima sessão é na sexta-feira à hora regimental, com a seguinte ordem do dia:

Projectos de lei n.os 496, 482, 540, 342, 501, 10, 360, 368, 455, 247, 332, 418, 551, 313, 516, 339, 470 e 484.

Está encerrada a sessão.

Eram 17 horas e 20 minutos.