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de 27 de fevereiro de 1924

alguns Srs. Ministros, como por exemplo ao da Instrução,, o qual ontem, segundo dizem os jornais, reiinido com os seus correligionários da Seara Nova, apreciaram a situação em que ficou o Sr. Ministro da Guerra pela aprovação da proposta de lei, que se refere aos sargentos, proposta essa que ocasionou a demissão do Sr. Ministro da Guerra.

Pena ó que o Sr. Ministro da Guerra se tivesse demitido sem esperar pela discussão dessa proposta de lei no Senado.

S. Ex.a precipitou-se muito. S. Ex.a um herói que se cobriu de glórias e louros nas campanhas de África, assim como naquele célebre assalto que fizeram os republicanos sob o seu comando, não devendo no emtanto esquecer, que a sua heroicidade provém também do auxílio que lhe deram os seus comandados. Todos eles se cobriram de glória e são dignos de consideração e respeito.

Sr. Presidente: se a Seara Nova se dispõe a intervir na política portuguesa como está fazendo sentir, não me parece que ela tenha conhecimento dos assuntos de ordem económica de modo a resolver esta situação em que nos encontramos. Melhor seria por isso, a meu ver, que a Seara Nova, que tem dois representantes no Governo, se tivesse reunido ontem para estudar os problemas económicos a fim de dar uma resposta condigna à grande .manifestação • a que me referi.

É extraordinário que as reuniões da Seara Nova se ocupem somente do problema da situação do Sr. Ministro da Guerra e das causas que determinaram essa queda, insinuando que o Senado não sabe apreciar essa lei.

E uma insinuação positivamente que se faz, e eu não sei se esta Câmara é merecedora dessa insinuação; pela minha parte repilo-a.

Votarei; se entender que a devo aprovar, aprovo.

Atendendo àquela fornada de generais, que o Senado fez há 4 anos numa Sessão nocturna, • com o fim.de que era necessário rèpubíicanizar o generalato, também mal nos irá agora se não dermos a sanção ao projecto de lei aprovado agora na Câmara dos Deputados.

Mas vejam V. Ex.a, Sr. Presidente, e a Câmara, que o Sr. Ministro da Instrução, chamado por mim, a prestar declarações

acerca da demissão do velho republicano António Luís Gomes, de reitor da Universidade de Coimbra, fez declarações com as quais o Sr. António Luís Gomes não concorda, tendo-me mandado um telegrama nesse sentido.

O Sr. Aragão e Brito:—Era melhor chamar o Sr. Ministro da Instrução.

O Orador: — Impossível. Quàsi todos os Srs. Ministros primam pela sua ausência. Mas como o Sr. Ministro da Marinha está presente peço a S. Ex.a a fineza de transmitir ao seu colega as considerações que fizer.

Sr. Presidente: como não pisei, nem a Câmara, nem a ante-câmara do Sr. Ministro da Instrução, nem a espero pisar sem ouvir da parte de S. Ex.a a confirmação plena, a afirmação peremptória da sua qualidade de republicano, eu, como republicano que sou, antes dessa afirmação não irei ao seu gabinete.

Posto isto, vou fazer algumas considerações a respeito deste telegrama.

Se não estou em erro, o Sr. Ministro da Instrução declarou que tinha previamente comunidado ao Sr. Dr. António Luís Gomes, reitor da Universidade de Coimbra a sua resolução de nomear o oficial-mor da Universidade de Coimbra.

O Sr. Aragão e Brito (interrompendo}:— E comunicou mais à Câmara a resposta que o Sr. António Luís Gomes lhe deu.

O Orador: —Agradeço muito a V. Ex.a o seu auxílio porque já se passou muito tempo depois da Sessão em que foram produzidas estas declarações, e eu posso não me lembrar palavra por palavra, o que S. Ex.a disse.

A resposta que o reitor da Universidade de Coimbra deu ao Sr. Ministro