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Diário das Sessões do Senado

Estas criaturas imprevidentes, não pensando no futuro, e vivendo sempre em luta com o inar, precisam que se olhe por

Pois essa Misericórdia teve de res-trh-gir a sua esfera de acção devido à íaha de recursos, e a sua situação económica ó esta:

É preciso que o Governo, a cujas intenções eu faço justiça, pois comecei por dizer que o Governo do Sr. Álvaro de Castro me merece a maior simpatia por ter assuntido o poder numa hora em que muitos se recusavam, e por Irabalbar cora verdadeira vontade no e.quilibrio orçamental, alienando porventura muitas s'mpat,iaí, é preciso, repto, que o Governo diga que a assistência pública não será desprezada e que ela terá aquela compensação a que tem direito.

O Estado paga em moeda desvulori/ada a essas instituições de beneficência, não lhes sendo pagos ainda por cima os subsídios que lhes são votados pelo Parlamento.

Ainda há pouco o meu colega Elisio de Castro me pediu para ir junto do Sr. Ministro do Trabalho ver se se consegue'que sejam pagos a um asilo de Aveiro uns duodécimos a que por lei tem direito, o que lhe não são pagos desde Agosto.

^Como ó que se pode manter esse asilo?

A não sor que queiram que se agarre nessas crianças e se ponham à porta do Ministério das Finanças, ali no Terreiro do Paço.

Este problema tem de ser encarado rapidamente, e como início da sua resolução 6 preciso que o Sr. Ministro das Finanças arranje maneira, depois de atender uo Sr. Pereira Osório e atendido que soja o 8r. Pereira Osório, de ^ fazer o pagamento dos juros dos títulos que possuem as Misericórdias e instituições de caridade, cm ouro, ou soja na moeda corrente ao câmbio do dia ou do últ'mo Bimestre.

Eu não digu em ouro, moeda metálica,

mas ao menos que S. Ex.a.dê providências para que lhes seja pago aquilo que como esmola lhes estão regateando, assim como uo sentido de essas casas poderem empregar melhor aquilo que os beneméritos lhes deixam.

E assim, Sr. Presidente, apesar de eu ver o desinteresse dos membros do Governo pelas minhas palavra?; e apesar de ter portanto pouca esperança em que se-jarn ouvidas, continuarei a clamar e a protestar deste lugar contra o facto, que eu acho pouco correcto., de, quando um parlamentar se dirige ao Sr. Presidente do Ministério, ou aos Srs. Ministros, S. Ex.ai em vez de ouvirem as suas palavras, que podem ser desvaliosas mas que têm atrás de si alguns milhares de interessados, se entreterem em conversa com outros membros do Parlamento.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças (Alvarc de Castro): — Sr. Presidente: embora o Sr. Virgolino Chaves imagine que o não ouvi, devo di-zor a S. Ex.a que o ouvi perfeitamente.

Antes, porém, de responder às suas considerações, permitam-me V. Ex.a e o Senado que eu faça a apresentação do novo Miaistro da Guerra. -Sr. Américo Olavo Correia do Azevedo.

S. Ex.;l não precisa quo o apresentem, ó um militar distinto qju assinalou a sua passagem nos campos de batalha da Fran-Ça duma maneira singular, e que como republicano tem um pas-sado que é escusado descrever.

Tenho /i certeza que Ole merece a confiança do Parlamento, tais são as suas quulic.ades.

Agradeço neste momonto, visto quo estou com a palavra, as referências que foram aqui feitas pelos representantes dos vários grupos do Senado que falaram quando tive o prazer de apresentar os trôs novos Ministros da A.gricultura. Comércio e Instrução.

Agradeço o apoio do Congresso o as referências e críticas feitas a actos do Governo, porquê estamos convencidos que a nessa obra não é isenta de erros, erros ossos que estamos dispostos a emendar.