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Sessão de 26 de Março de 1924

Eram estas as considerações que desejava que V. Ex.a fizesse o favor de transmitir ao Sr. Presidente do Ministério.

O Sr. Ministro do Interior (Sá Cardoso) : — Sr. Presidente: pedi a palavra para declarar ao ilustre Senador Sr. Medeiros Franco que transmitirei ao Sr. Ministro das Finanças as considerações de S. Ex.a

Devo dizer a S. Ex.a que também recebi um telegrama idêntico ao que S. Ex.a recebeu, o que comuniquei imediatamente ao Sr. Ministro das Finanças.

Creio que, naturalmente, foi pela sua acção-que o Banco deu ordem de pagamento.

O Sr. Querubim Guimarães: — Sr. Presidente : eu pedia a atenção do Sr. Ministro do Interior para um facto passado em Mafra, que há dias foi publicado no jornal o Rebate, órgão do Partido Democrático.

Sr. Presidente e Sr. Ministro do Interior: isto não vem mim jornal da cfposi-ção, vem, nem mais nem menos, publicado no órgão do Partido Democrático. Creio bem que nenhum representante desta casa do Parlamento porá em dúvida estas declarações, a não ser que o correspondente tenha iludido a redacção deste jornal. Emquanto não vir desmentido este facto, tenho de acreditar no que se diz, e, portanto, o direito de preguntar ao Sr. Ministro da Guerra ou a V. Ex.a o que há acerca do assunto.

Em primeiro lugar, porque se trata dum caso gravíssimo, que vai manchar a

farda do exército; são factos tam anormais e tarn cheios de repugnância para todas as pessoas que têm consideração pela corporação do exército, que merecem um verdadeiro castigo, se é verdade o que diz o jornal; se não é verdade, S. Ex.a deve saber quem publicou semelhantes infâmias e castigar então o autor de tais acusações.

Isto naturalmente é sobrescrito para alguém, ao tenente e outras pessoas que residem lá, e que fazem parte da Escola de Tiro de Infantaria.

Se porventura são verdadeiros estes factos, para honra e dignidade do exército, é necessário que se exija o castigo para esses oficiais, que não souberem honrar a sua farda.

O Sr. Ministro do Interior (Sá Cardoso) : — Não dizem respeito à minha pasta as considerações feitas pelo Sr. Senador que acabou de falar.

Não sei se o facto é verdadeiro ou não, mas sei que estão já ordenadas providências no sentido de se aclarar a verdade. Quer seja ou não verdade, o exército só poderia ficar iníamado se o caso ficasse impune, mas tenho a certeza de que não ficará. Se se praticou esse desacato, confio em que -qualquer Ministro que esteja gerindo a pasta da Guerra será inexorável. ,

O Sr. Presidente:—A próxima sessão será na sexta-feira, com a mesma ordem do dia.

Está levantada a sessão.

Eram 19 horas.