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Diário das Sessões do Senado

E como é necessário que estes projectos caminhem porque-são da máxima urgência, reqneiro também a V. Ex.a, Sr. Presidente, que determine que haja sessão nocturna na torça e na quarta-feira, sessões essas exclusivamente destinadas L discussão da questão do inquilinato.

Pparece-me que com este requerimento estará de acordo quási toda a Câmara,, Mas no entanto peço a V. otó.% Sr» Presidente, o favor de o submeter à sanção desta casa do Parlamento.

O Sr. Virgolino Chaves: — Q uarta-feírs. ó o dia 9 de Abril, deve ser feriado.

O Orador; — Requeiro então que haja sessão nocturna só na têrça-ielra.

O Sr. Joaquim Crisóstomo: — Sr. Presidente : embora me custe bastante, não posso dar o meu voto a este requeri-» mento.

Eu costumo pensar e reflectir, antes de praticar qualquer acto, para que mais tarde me não tenha de arrepender.

Quando V. Ex.a pôs à votação o requerimento para a sessão ser prorrogada., votoi contra, e agora não posso alterar c meu voto.

O Sr. Catanho de Meneses:—

Reconsiderar é a mais nobr-3 acção do homem, principalmente dum juiz, e mormente quando se trata dos interesses Já Nação.

Apoiados.

O Orador:—Muito bem, muito bem! V. Ex.* triunfou perante a Câmara., inas não triunfou perante os meu principies, nem perante as pessoas que eu considero sensatas.

V. Ex.a não me apresentou argumentos para me forçarem a mudar de op;,-nião, e como os requerimentos se nãc justificam não posso reconsiderar.

Não posso aceitar que a Câmara tenla feito há pouco uma votação e vá agora pronnnciar-se em sentido contrário.

O Sr. Augusto de Vasconcelos : — Eu aprovo o requerimento apresentado pelo Sn Catanho de Meneses, e erc. nome do meu partido.

Folgo imenso que ele tenha sido apresentado e congratulo-me por a maioria ter dado essa prova de cortesia às minorias.

Temos vivido sempre nesta Câmara dando provas de correcção c cortesia uns aos outros. Não havia motivos para se proceder agora de modo diferente.

Não fica mal a ninguém nesta Câmara votar uma plataforma que tenha por fim obter o melhor rendimento possível dos trabalhos desta Câmara; é o que se vai fazer.

Realmente- a decisão que se tinha tomado dificultaria os trabalhos da Câmara, ao passo que aquela que foi agora proposta os facilita.

Não há incompatibilidade nenhuma regimental com a deliberação agora proposta. Reconhecemos que esta é a melhor forma de facilitar os Irabalhos da Câmara; adoptamo-la.

Por consequência, voto o requerimento do ST. Catanho de Meneses.

O Sr. D. Tomás de Vi .Hiena:— S r. Presidente : eu nada tenho que reconsiderar porque me opus ao primeiro requerimento do Sr. Catanho de Meneses; mas se tivesse de reconsiderar não era nada que me pesasse no ânimo, (Apoiados) porque entendo que todos nós somos susceptíveis de não termos, às vozes, uma previsão do momento e das circunstâncias, o que podemos reconhecer quando uma maior luz os ilumine. É um acto nobre. E eu íelicito o Sr. Catanho de Meneses por ter apresentado o seu novo requerimento, e felicito a maioria por o ter acolhido bem.

Nós não estamos aqui para nos matarmos uns aos outros; devemos ser almas suficientemente equilibradas para estabe-lecermo? fórmulas de tolerância.

Por consequência, estou de acordo com a nova ::brmula apresentada pelo Sr. C» tunLo de Meneses, porque ela, incoutestà-velinento, facilita os trabalhos parlamentares o -eduz um pouco o azedume que o primoiro requerimento desse Sr. Senador poderia trazer nas subsequentes discussões.