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Sessão de 2 de Abril de 1924

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íar o assunto; mas na segunda discutam-se os outros projectos, o das câmaras municipais e todos os outros. Mas bloquear o trabalho da Câmara com um projecto que tem de ser demorado e examinado com toda a atenção, é que não pode ser.

O Sr. Mendes dos Reis : — Sr. Presidente : pedi a palavra para declarar que concordo que é muitíssimo urgente que se votem as leis do inquilinato e a das câmara municipais, mas dou razão ao ilustre Senador Sr. Augusto de Vasconcelos, .porque não se pode, por causa desses projectos, evitar por completo que o Senado trabalhe em outros assuntos, também de inadiável necessidade.

Estou disposto, se a Câmara assim o resolver, a vir para aqui em sessões nocturnas, para se discutir rapidamente a lei do inquilinato e a .das câmaras municipais, vir até de manhã, se for preciso.

Estou desposto a isso e da melhor vontade, mas que haja as sessões diárias plenas que estão marcadas, para discutir outros projectos.

Por consequência nos termos em que é íeito o requerimento do Sr. Catanho de Meneses, não o posso votar, mas estou disposto, como já disse, a vir à Câmara de noite ou de manhã se o Senado assim o entender, para votar a lei de inquilinato e a das câmaras municipais.

O Sr. Procópio de Freitas: —Parece-me que a maneira como se pretende discutir esta proposta de lei tem o inconveniente dê se gastar mais tempo para chegar ao fim.

É verdade que se dá a impressão ao público de que estamos a discutir o que ele há muito anseia que seja discutido, mas o que é verdade também é que não estamos aqui apenas para dar'impressões. .

Quando um assunto desta ordem entra em discussão, ela deve sor feita seguidamente e portanto, antes. dela terminar, não devemos discutir qualquer outro assunto, nias para isto não é necessário prorrogar a sessão o basta que na ordem do dia não se discuta senão o assunto em questão, até que a "discussão termine.

E deixe-me agora V. Ex.a,. Sr. Presidente, dizer e sem censura para nenhum dos colegas, que não será difícil abieviar

a discussão da proposta, desde o momento em que sobre ela se diga só o absolutamente indispensável. Tenho dito.

O Sr. D. Tomás de Vilhena:— Sr. Presidente: eu sou capaz de aceitar tudo o que seja razoável, mas ao capricho deste ou daquele grupo não me submeto.

ai) preciso que -se diga que esta questão do inquilinato nuo vai passar nesta Câmara como muitos podem julgar.

K uma questão muito grave e muito complexa.

E preciso que sobre ela recaia um estudo de ponderação, que ela não dispensa.

Xão estamos aqui sob qualquer pressão, e a questão há-de ser resolvida, como é próprio de questões desta ordem, com toda a justiça e ponderação.

O Sr. Carlos Costa (sobre o modo de votar):— Sr. Presidente: 'por proposta do Sr. Augusto de Vasconcelos, deliberou-se que da primeira parte da ordem do dia se tirasse meia hora para discutir os projectos que sofressem emendas.

Foi o que eu disse ao Sr. Herculano Galhardo.

O Sr. Herculano Galhardo (interrompendo}:— Dessa maneira está a ordem do dia dividida em três partes.

O Orador: — Como V. Ex.a quiser.

Mas não -vejo vantagem em prorrogar a sessão, desde o momento que seja para a encerrar às 19 horas, ou para a vermos encerrar por falta de número; não vejo utilidade na prorrogação da sessão, tanto inais estando os dois projectos em questão dados para ordem do dia.

O Sr. Presidente (agitando a campai-iilia): — Devo dizer a V. Ex.a que não pode discutir o requerimento.

O Orador:— Sr. Presidente : eu estou a falar sobre p- modo de v'otar.

Mas, em face da observação de V. Ex.a, dou por findas as minhas considerações.