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JSeeaão de 2 de Abril de 1924 ,

íiva, : porque assim os serviços- que essa Misericórdia presta são absolutamente nulos.

Espero que S. Ex.a atenda este pedido, visto a necessidade que lia de .se atender à situação em que se encontram as Misericórdias do País.

O Sr. Ministro do Trabalho (Lima Duque):— Sr. Presidente: eu já por mais duma vez tenho dito, tanto nesta casa do Parlamento como na outra, que o meu desejo era acudir a todas as.casas de beneficência do País, mas que o não faço por falta de fundos.

Acerca da Misericórdia de Alhos Ve-dros, devo informar V. Ex.a que logo que o Sr. administrador do concelho me peça a substituição dessa comissão administrativa, prontamente satisfarei esse pe-pedido. • '

O Sr. Bulhão Pato: —Sr. Presidente: foi já distribuída uma proposta que se refere ao empréstimo do Moçambique. É urgente que esse assunto entre em discussão, porque toda a colónia segue com interesse o que se está fazendo.

K-equeiro a V. Ex.a que consulte o Senado sObre se permite que esse projecto entre em discussão logo após a lei do inquilinato. . "'

Foi aprovado.

O Sr. Júlio Ribeiro: — Sr. Presidente: estão-se passando nesta terra cousas tain extraordinárias, inverosímeis e impróprias uum povo culto, que no nosso espírito, profundamente abatido, fica a dolorosa impressão de que a consciência nacional está embotada por um indiforentismo doentio e dissolvente.

Todos os dias vemos por essas paredes publicações que, não tendo venda, assim se exibem, com^o único fim de denegrir o regime e insultar os seus homens mais representativos.

É. uma nova e industriosa maneira de sustentar certos vadios, autênticos rufias da pena que não têm que perder nem moral nem materialmente.

Alfaiados.

Se procurarmos os autores dessas tor-pezas, sem dificuldade.-se verá que são bandidos da honra alheia sem noções de dignidade pessoal e indiferentes por isso

a r tudo ' que' seja conveniência, civismo, dignidade e brio.

Fazem essas desprezíveis publicações com o fim de, pela chantage, sustentarem os vícios naturalmente adquiridos no meio pútrido onde pontificam.

Sei de alguns que se dirigem a banqueiros e a outras pessoas de dinheiro segredando-lhes que está .para sair uma campanha violenta contra eles.

Estas pessoas, se as hão-de correr ou entregar "à justiça, por comodidade, para evitar enxovalhes e alguns por não terem a consciência tranquila, não querem por 100$ ou 200$. incomodar-se nem ver os nomes cobertos de insultos, satisfazendo por isso as exigências dos bandoleiros.

E assim tem medrado esse novo conto do vigário.

Hoje, nessas paredes de Lisboa, afixaram-se dois pasquins insultando e caluniando pessoas e instituições.

Num, o que menos. — notem bem, o c menos» — o .que menos se chama ao Ministro da Agricultura e ao Comissário dos Abastecimentos é bandidos e ladrões; noutro classifica-se o Parlamento de circo de S. Bento, tratando por palhaços e clowns vários Deputados.

Não. " •

É indispensável que se providencie, que se adoptem medidas tendentes a evitar esses espectáculos que só a cobardia moral pode deixar fortificar como tern fortificado. :

Eu tenho um grande culto pela im: prensa,' quando ela representa a alta expressão do pensamento, da dignidade e da inteligência; mas. tenho por .ela a maior aversão e nojo quando em vez do sacerdócio só transforma em navalha envenenada para ferir a honra de quem quer que seja com o único fim de lhe exigir a carteira.

Apoiados.

É necessário por isso que se proceda com energia contra esses miseráveis, indo até à violência se for necessário, que nunca são repreensíveis. as medidas adoptadas com o finr de subjugar autênticos salteadores, mais perigosos do que os que antigamente surpreendiam nas encruzilhadas.