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Diário aos Sessões ao Senaâô

O Orador: — Sim, Senhore.

Sr. Presidente: veementes foram êssus protestos, porque atingiam uma coniissDo desta Câmara; mas para serein devidamente justos, equitativos e dignos de snn-çao da OLmara do Senado» ]£as esses protestos deviam ir mais longe e atingir toda aquela imprensa que estfl assacando contra os altos Poderes Legislativo e Executivo uma espécie de insídia em que sào vítimas aqueles homens de beo e aqueles republicanos como aquele que está sentado nas cadeiras do Poder e que se chama Joaquim Ribeiro.

Apoiados.

O Sr. Catanho de Meneses (interrompendo):— A verdade é que o Ministério Público tem os poderes mais amplos para proceder. „

O Orador: — Embora assim seja, o certo é que não vejo esse Poder tomr.r providências. O que vejo é levantar c.qui -a voz de vez em quando qualqner pessoa que se veja atingido.

Não, Sr. Presidente. Para sermos nobres e alevantados — e nisto não vai a menor recriminação para ninguém — para o Senado se tornar tam virtuoso como o desejam aqueles Srs. Senadores, é necessário que esses protestos abranjam, iodas as vítimr.s dessa má imprensa. Mas não é isto o que vejo.

O que observo é essas pessoas que tem. o dever de defender os membros do Poder Legislativo e do Executivo meterem as mãos nas algibeiras e andarem a passear pelos corredores.

Isso é que se não fez nem se fará, porquanto, segundo dizem, quanto pior ma-Ihor — melhor para essas criaturas que sabem de antemão que estão a coberto de qualquer acção da parte do Poder Judicial.

Eu pregunto, Sr. Presidente, como é qne o Senado procede em presença da acção que está desenvolvendo o graiule industrial Alfredo da Silva. E pr.?gims,o também como é que o Sr. Alfredo da Silva vai encarregar de tratar d uni a acção desta ordem contra o Sr. Ministro da Agricultura um advogado que é uma das pessoas mais categorizadas do Partido ÈadicaL

O Sr. Procópio de Freitas:—«;V. Ex.a pode dizer me quem é que defendeu o autor do incGndio da Rua da Madalena?

O Orador: — Não faça V. Ex.a confusões dessa ordem. V. Ex.a sabe que o criminoso da Rua da Madalena não tinha £, qualidade nem a categoria política que tên\ os homens que estão sendo enxovalhados pelo Sr. Alfredo da. Silva.

O Sr. Procópio de Freitas, como soldado disciplinado que é desse Partido, devia levantar a sua voz de protesto contra essa indicação.

O Sr. Procópio de Freitas (interrompendo)'.— O meu Partido não é para aqui chamado.

O Orador: — Está. sendo chamado à, barra duma discussão que só pode nol.i-litíir e engrandecer o Partido onde V. Ex.a milita.

Sr. Presidente: nada de nos afastarmos do caminho que vamos trilhando, a fim de atingir o meu objectivo.

Desejo frisar que absolutamente não me solidarizo com os protestos que fez o Senado por alguns jornais da capital fazerem os seus reparos à íorrua como procedeu a comissão de redacção, dando-lhe essa solidariedade, todavia, pelo lado moral e honesto da queslão, porque não há dúvida nenhuma do que tanto o seu secretário corno os outros membros dessa comissão são pessoas que merecem de rnim a maior das considerações.

A ^solidariedade política não lha dou, porque esses protestos não atingem aquela imprensa, que tam acremente ataca as'qualidades e as virludes dos políticos da República, assoalhando a sua vida intangível de republicanos, como sucede com o Sr. Ministro da Agricultura.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro da Agricultura (Joaquim Ribeiro): — Sr. Presidente: pedi a palavra para agradecer ao Sr. Ribeiro de Melo o facto de ter, arrostando com o «Fora da ordem», vindo protestar contra os ataques que me têm sido dirigidos.