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Êessão de 16 de Jutko de

Quis eu, assim, levantar a luva contra as palavras do Sr. Qoerubim Guimarães., que para defender o Sr. Aristides Moreira da Mota ou para prestar homenagem às suas qualidades não tinha necessidade de atacar o governador civil de Ponta Delgada, querendo atribuir-lhe as respon-sabilidades de uma sanção que só ao Governo ou, melhor, ao Sr. Ministro da Instrução pertencem.

O governador civil substituto do meu distrito não é, na verdade, um velho republicano, um republicano da Rotunda, um republicano histórico, como afirmam as gazetas, mas um autêntico homem de bem, e hoje um devotado correligionário meu, a quem a República muito deve, em sacrifícios de toda a ordem, principalmente desde que, para bem do regime, lhe foram confiadas funçOes importantes de administração pública.

Parente do notável homem público e brilhante estadista que foi Hintze Ribeiro, Jaime Hintze goza hoje no distrito que dirige um incontestado prestígio pessoal e político, merecendo dos republicanos sinceros o mais desinteressado apoio.

Com homens da sua têmpera só lucrará, e muito, a República Portuguesa. •

Tenho dito.

Vozes:—Muito bem, muito bem.

O Sr. D. Tomás de Vilhena : — Sr. Presidente: o meu ilustre amigo Sr. Medeiros Franco, que eu, aprecio muito pelas suas qualidades, está perfeitamente nó seu papel e eu também estou no meu.

Falei com vários . dos cavalheiros que fizeram parte da missão que foi visitar os Açores e que ouviram o discurso do Sr. Aristides da Mota e todos eles disseram que nesse discurso nada houve que pudesse melindrar a República.

O Sr. Aristides da Mota fez ò elogio do Sr. Luís de Magalhães e exaltou a firmeza das suas crenças. O mesmo eu faria e acho que todos aqueles que assim pensam têm direitos iguais àqueles que defendem a idea republicana.

O Sr. governador civil era ainda há pouco tempo monárquico e monárquico militante e" é exactamente desses monárquicos que à última hora passam para a República, prontos a destingirem a bandeira azul e branca para a pintarem de

verde e vermelho, que tais cousas vêm. Os republicanos da última hora são todos assim.

Nas outras terras dos Açores a missão foi recebida muito bem por todos, incluindo as próprias autorida-des. Porquê? É que o Sr. governador civil de Ponta Delgada era monárquico ainda há pouco tempo ; monárquico por muitas razões e V. Ex.a sabe isto tam bem como eu.

De resto, se porventura no discurso do Sr. Aristides da Mota houve por qualquer forma o intuito de fazer propaganda, S. Ex.a não fez mais do que aprender com a maior parte dos professores que, no tempo da propaganda, se serviram da sua cadeira para defender o seu credo político.

Em todas as escolas encontrávamos professores, aliás muito distintos, que nunca pensaram que a sua qualidade de professores os tornava incapazes para dos seus lugares defenderem as suas ideas políticas.

E a monarquia nunca os perseguiu.

De mais, que o Sr. Aristides da Mota fe_z o seu discurso num recinto público, onde é dado a todos os cidadãos portugueses dizer o que pensam sobre a administração do seu país.

-O Sr. Carlos Costa:—V. Ex.a dá-me licença ?

£~V. Ex.a diz que a monarquia não perseguiu os professores? O Sr. Paula Nogueira foi bastante perseguido.

O Sr. Querubim Guimarães: — A excepção confirma a regra.

O Orador: —

<_ foi='foi' casta='casta' dos='dos' republicanos='republicanos' mais='mais' sr.='sr.' o='o' p='p' intemerato='intemerato' então='então' afonso='afonso' não='não' valente='valente'>

£ Querem-lhe tirar essa glória?

^Quere o Partido Democrático negar isto?

ú Então a que o querem reduzir ?

Pois.eu, que sou adversário de S. Ex.a, digo que, se a República está implantada, é devida a ele.