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Sessão de 16 de Julho de Í9È4

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j ária conservar-me alheio a ela, como inteiramente alheio me tenho conservado até hoje.

A forma, porém, como o Sr. Querubim Guimarães se referiu ao procedimento do Governador, substituto, do meu distrito necessariamente me obrigou a tomar a sua defesa, o que de resto constitui fácil e simples tarefa, pois se trata dum funcionário distinto, que junto do Governo gosa, bem justamente, duma excepcional reputação profissional e política, a ponto de ser considerado como um dos primeiros Governadores Civis do País, e de haver sido, há dias, especialmente louvado no Diário do Governo.

E se, até hoje e em face desse relatório, me tenho conservado absolutamente estranho aos acontecimentos e ao procedimento adoptado pelo Sr. Ministro da Instrução, relativamente ao afastamento do serviço do Sr. Aristides Mota, em-quanto se não proceder ao inquérito que a esse propósito foi ordenado —não quero, nem com as minhas palavras, neste momento, nem com a minha modesta in fluência pessoal e política, contribuir para que a mais ligeira perseguição se faça a quem quer que seja.

O que, por amor à verdade, não posso omitir é que, longe de se considerar o Governador Civil como um exagerado, como um arrebatado, ou como um faccioso político, vingativo e ruim, conforme tenho lido em alguns jornais de Lisboa — deve, com razão, acentuar-se que o seu procedimento foi ditado apenas pelo sentimento duma obrigação de autoridade republicana (Apoiados) qxue limitou a sua iniciativa a informar o Ministro do Interior do sucedido durante os dias em que a missão de estudo se demorou em S. Miguel, onde, deve. dizer-se, foi recebida com as melhores demonstrações de galhardia, de hospitalidade e cavalheirismo — sentimentos que enobrecem realmente o povo açoreano, e dos quais bem merecedores se tornaram sempre, no decurso da visita, os intelectuais da missão.

Apoiados.

Agrada-me, Sr. Presidente, fazer estas declarações. Elas são a expressão da verdade.

Do falado relatório do Sr. Governador Civil nada consta em diesabono dessa missão.

E ninguém ainda se me queixou de que ela aproveitasse a oportunidade, que tam claramente se lhe ofereceu e proporcionou, para fazer política ou politiquice.

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Nada temos com isso, Sr. Presidente. - Apenas apreciamos os acontecimentos, apenas nos preocupa a análise dos factos, não me sendo permitido indagar dos propósitos em que se inspiraram alguns dos meus patrícios, no convite que fizeram aos membros dessa missão e na orientação que assumiram perante os republicanos do distrito, emquanto ali estiveram os continentais.

Mas que ao menos se não faça especulação política com o procedimento do governador civil e não se diga que foi um sentimento de exagerado republicanismo ou de mal contido despeito que originou o relatório.

Este, repito, apenas descreveu factos, mencionou pessoas e chamou as atenções do Governo para o acontecimento, que todos nós reputámos notável, de uma missão de individualidades ilustres do continente da República às terras açoreanas, dessa República que já tem catorze anos de existência e a que o Sr. Aristides Mota houve por bem chamar uma rebelião vencedora.

Entre as pessoas mencionadas nesse relatório figuram alguns republicanos, tanto do meu partido como do Partido Nacionalista.

Nestas condições ninguém poderá apodar de sectarista o governador civil', pois não é de crer que pretendesse ferir propositadamente correligionários seus ou republicanos de outros partidos, pelo simples facto de haverem acompanhado os continentais nas homenagens que lhes foram prestadas em S. Miguel.

O Sr. Querubim Guimarães (interrompendo} i —