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Diário das Sessões do Senado

desta Casa do Parlamento, o Sr. Ministro das Colónias e o Sr. Ministro do Trabalho.

São dois parlamentares que honram o Senado.

Muitos apoiados.

O Sr. Xavier da Silva é um dos meus amigos, com cuja amizade muito me honro.

Os outros novos Ministros merecem-me também referência especial.

O Sr. Ministro da Instrução é um professor distintíssimo que, tendo já ocupado as cadeiras do Poder, teve ocasião de honrar o cargo que desempenhou.

Os Srs.. Ministros dos Estrangeiros e do Comércio são dois velhos amigos me as, companheiros na guerra, com os quais estou ligado pelas mais íntimas relações de amizade.

São ambos dois oficiais mniío distintos, com qualidades de trabalho pouco vulgar rés (Apoiados), estou certo que na gerência das respectivas pastas, hão-de continuar a honrar o bom nome de que justamente gozam.

O Sr. Ministro das Finanças tem demonstrado, como administrador da Caixa Geral de Depósitos, qualidades pouco vulgares sob o ponto de vista administrativo.

Eu conSo em que S. Ex.a, na gerência da sua pasta, será um administrador tam zeloso como tem sido na Caixa Geral de Depósitos.

Apoiados.

O Sr. Ministro da Marinha, a quem eu cumprimento pela terceira vez, é um oficial distintíssimo da nossa marinha de guerra, cujas qualidades de inteligência e de trabalho já tive ocasião de apreciar numa comissão em que S. Ex.a comigo serviu.

O actual Ministro da Guerra, a quem por último me vou referir —e é caso para dizer, os últimos serão os primeiros— o Sr. Ministro da Gueira é um velho amigo, um companheiro desde os bancos das escolas, pessoa que muito bem conheço e muito aprecio.

É um oficial que tem uma larga folha de serviços ao seu país, não só nas campanhas de África como no desempenho de importantíssimas comissões em tempo de paz.

E S. Ex.a um valente soldado doublé de um perfeito gentleman.

A sua permanência na pasta da guerra é para nós todos segura garantia de que a disciplina no exército será mantida com energia e com firmeza, mas sempre também com serenidade.

Sr. Presidente: ditas estas palavras em referência 'aos novos Ministros, poderia desde já definir a minha atitude em relação ao actual Governo.

Não o devo porém lazer por emquanto, porque embora seja muita a consideração que me merecem, necessito apreciá-los através da declaração ministerial,, para poder, com precisão, fixar a minha situação relativamente ao Governo.

Sr. Presidente: depois de ter lido a declaração- ministerial, não posso deixar de dizer com aquela franqueza com que sempre costumo falar, que na verdade este documento é bastante resumido e nalguns pontos mesmo pode com justiça ser considerado como omisso e ambíguo.

Parece-me que deve merecer, pelo menos, reparo o facto de não se fazer nem ao de leve, neste documento, a menor referência a alguns assuntos pendentes- em diversas pastas. Assim, por exemplo, na parte respeitante ao Ministério dos Negócios Estrangeiros cousa alguma se diz a respeito do problema das reparações e de outros que muito interessam à economia do país.

Aparte do Sr. Joaquim Crisóstomo que não se ouviu.

Sr. Presidente: referi-me à pasta dos Estrangeiros, como poderia ter-me referido à da Instrução, ou a qualquer outra, visto os mais importantes assuntos serem aqui tratados tam ao de leve que é quasi como se tivessem sido esquecidos.

Mas, Sr. Presidente, esta ligeira crítica sobre o documento em discussão não modificará a minha atitude em relação ao actual Governo. É um simples reparo e nada mais.

De declarações ministeriais muitíssimo bem feitas, muito completas, de muito bcas palavras está o país farto; o que deseja ver realizar são obras.