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Diário daê Sessões ao Senado

A "delegação portuguesa, cujo reltr.ório tinha sido apreciado no Terftpit e cm revistas económicas pela maiá lisonjeira das íormas, foi vítima dos pretendidos gracejos de um português.

Não sei quem foi esse patriota, mas tenho pen.i de o ignorar porque queriu deixar registado o seu acto de se dizer cm Bruxelas, cnde não pôs o pé, para ser o único crítico mordaz da delegação d.) sou país, ali£s cpoiada e lisonjeada'por todos os outros países.

Além de que as críticas à Couíerfncia são ii.íerc-ssantes.

A Conferência emite os sais votos, chega a conclusões e acham os crí''ic3s que, um^ vez emitidos esses votos e chegados às conclusões, automàticarrenta ss converte t sem em leis dos diferentes países.

Não é esse o papel das Conferências, mas sim fazer propaganda dos p r i a d pio s que advogam para que. poucc a pó aço, sejam transformados om lei, o quo vem sucedido com a Conferência luterptirla-mentar dj Comércio. O primei'.'o trabaJio interessante e notabilíssimo que se pridn-ziu sobre & questão dos câmbios foi o do Sn Luãzatti.

Quando r. crise dos cambie? mal despontava, ele previu-a^em ,tod£, a s-ua extensão e apontou os remédics que hoje todos os pdses estão a adoptar. Se-ele tivesse s:do ouvido na oéasiíio em qno produziu o seu trabalho, a ri:iicr'parte dos desastres provenientes da maceira 'como tpir. si.lo tratada a questãc dos câmbios não sp> teria dado.

O que digo com respeito r.os c;1m :>ios digo-o com respeito à concorrência desleal comerciai.

Foi ao após a Conferência do Bordeis de protecção às'marcas regionais que a França pôa ein prática medidas que permitiram a protecção em Franca aos nossos vinhcs co Porto e da Madeira.

A Coifo/ônda Intorparlanunitar de Comércio tem em cada país o S-PÍI co.^ité par]arieir::ir cuo está em relaçc:-u co .; os outros.

Senipi\ '< ue uma questão 'rnporí.iníe se debate n :m país, oa parlamentara de outro pa's podem ir ao Par h:mente do primeiro faz^r valer as suas ideas.

f; Debátrndo-se uma questão comercial em Inglaterra, o facto de uma delegação

parlamentar portuguesa poder ir ao Parlamento Inglês defender as suas ideas não é co asa do importância'?

Se alguém disser que não, eu convencer-me hei de que essa Conferência não serve para nada.

Já se executou isso há pouco tempo, tendo eu ocasião, a pedido do Ministro dos Negócios Estrangeiros de então, de ir a Paris e no Parlamento Francês, perante o comité daquele país fazer- a defesa dos nossos interesses na questão do mo-duís vivendí tendo o prazer de ver apoiada a jiiãtiçr, das nossas reivindicações.

Esse comité representa quatrocentos o tantos parlamentares franceses e deu-me a honra de aplaudir o meu discurso, e sei que esse comité tem realmente feito ins-tâicias junto do Governo para que a questão das nossas relações comerciais com a Fr;.nça :;eo resolva equitativamente*

Isto ó indiferente para o Pais?

Creio bem que não-,

Era isto que eu queria dizer ao Senado para que se. não diga que os delegados portugueses cão se ocupam com calor das missões que lhes são confiadas.

— Muito bem. O orador não reviu.

O Sr. Oriol Pena:—Tinha pedido na última sessão a palavra justamente por ver então presente o meu colega Sr. Bulhão Paio, amável pessoa com quem, desde que temos assento nesta Câmara, tenho tido cordiais relações e pessoa simpá-tica a iodos nós.

Tenho muito prazer em o ver nas cadeiras do Poder pela honra que lhe é feita, decerto aceitou muito gostosamente e faço votos porque nela encontre situações agradáveis.

O Sr. Bulhão Pato, Ministro das Colónias, vai ter que defrontar-se com dois grnvíssi-aos problemas, nas duas Africas rrY-uta! o ocidental, íis nossas duas melhores colónias agora gravemente doentes e, firauccirament:J, enformas do doença iam grave que se podo comp. r£,r a ava-riose no corpo humano; avuriose colonial agmiissima sob o ponto de vista financeiro .