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fèessâo de í de Agosto de 1924

defrontar com tam grave problema; certamente o não poderá fazer a sós,

.Desejaria muito sinceramente que S. Ex,a se possa rodear de colaboradores capazes constituindo aceríadamente o laboratório necessário para encontrar o tópico eficaz para essas gravíssimas doenças.

As duas colónias estão num estado patológico financeiramente muitíssimo grave ; e tam grave ele é que o menor erro na aplicação do tópico pode levar a consequências ainda mais graves e até irremediáveis. ,

Já, em tempos, aqui apareceu um projecto, para acudir com urgência à Oriental e o Senado, a meu ver muito b em, julgou ver no remédio proposto um revulsi-' vo forte de mais e, vendo risco de fazer perigar o doente tam activa substância, aconselhou moderação uas doses, modificou-as minorando-as, tornando-o mais emoliente e suave. O Congresso não o entendeu assim e optou pela força total desse remédio muito mais enérgico, em dose máxima, cujos efeitos podem passar adiante do. que seria justo, salutar e prudente, tratando-se dum remédio perigoso, quando aplicado, de repente, em alta dose! '

Faço votos para quo S. Ex.", de acordo com os seus colaboradores, encontre um bom caminho e o siga nas finanças coloniais. • ' • Que esses colaboradores trabalhem * zelosamente no laboratório a que me referi. Aí podem, com aplicação e boa vontade encetar a exploração imediata da sério de remédios muito interessantes e já muito numerosos; a dos arseuo-benzóis a que a humanidade já tanto deve.

Aí poderão os colaboradores deS.Ex.a encontrar uma fórmula feliz, possivelmente de resultados imediatos e práticos.

Isso pode levar à cura, ou a grande melhoria no estado patológico das nossas colónias; então seria ocasião de o felicitar por ter encetado esse caminho e conseguido esse brilhante resultado, ligando o seu nome a um produto da série a que bem caberá o nome de patosau. Assim S. Ex.a o possa conseguir com resultados e efeitos indiscutíveis.

Faço muito sinceros votos porque essa cadeira que decerto lhe foi muito agradável aceitar, e ocupar, lhe não cause desgostos, não lhe dê amarguras e não seja

o patíbulo onde pateiem as suas ilusões e a sua grande boa vontade.

O Sr. Ministro das Colónias (Bulhão Pato):—Sr. Presidente: começarei por agradecer ao ilustre Senador Sr. Oriol Pena as palavras benévolas que S. Ex»a se dignou dirigir-nre.

Não há dúvida alguma que sempre mantive com S. Ex.a e com todos os seus colegas as mais cordiais relações, não recebi senão palavras de afecto.

Mas permita-me S. Ex.a que lhe diga que não compartilho com a sua visão sobre as colónias.

Apoiados.

Moçambique e Angola, direi a S. Ex.a que não estão avariadas, estão prósperas, têm atravessado crises financeiras, como têrn atravessado muitos Estados poderosos, mas não é uma cousa que não se possa resolver.

Moçambique está contratando o seu empréstimo, e espero que, com esse empréstimo, e com as medidas que daí resultarem, há-de ter maior prosperidade.

Angola está um pouco pior que Moçambique, está também tratando do empréstimo em ouro que carece para o seu desenvolvimento.

E uma crise que considero passageira, tenho fé que para nós virão melhores dias pelo que respeita pelas nossas colónias principalmente por estas duas que estão desenvolvendo-se dia a dia.

Apoiados.

Isto é o que tenho observado pelos muitos anos que permaneci nas colónias e pelas estatísticas.

(j V. Ex.a dir-me há qual o país que não tenha crises financeiras?

V. Êx.a sabe que outros países têm atravessado crises financeiras, e mal seria das colónias, que dependesse de mim a resolução das crises.

O Ministro, é apenas o traço de união entre as colónias e ít" metrópole, não tem mais do que dar ordens sobre a orientação a seguir.

De resto o que diz respeito à vida económica e concelhia pertence ao seu conselho, pois como V. Ex.a sabe, as colónias têm os, Conselhos Legislativos, e a metrópole apenas dá a orientação a seguir.