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Sessão de l de Agosto de 1924

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Negócios Estrangeiros, que são os membros do Governo a quem mais de perto incumbe intervir nestes assuntos.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ramos da Costa:—Agradeço a V. Ex.a as suas explicações.

O Sr. Presidente: — Deu a hora de entrar na ordem do dia, mas, como para a discussão dos respectivos projectos é necessário a presença dos tírs. Ministros, interrompo «o antes da ordem» até estar presente o Sr. Ministro das Finanças.

O Sr. Serra e Moura: — Sr. Presidente: acabo de saber de fonte limpa, de alguém que me merece todo o respeito por ser creatura incapaz de faltar à verdade, que há cerca de dois meses se encontram expostos ao sol, ao tempo, por consequência a inutilizarem-se por completo, certamente, vinte aviões que vieram de Ingla-' terra e da Bélgica.

A ser verdade como creio que tal se' dê, isso mais uma vez vem provar o desleixo, a incúria que vai na administração do nosso país.

Peço, portanto, a V. Ex.a, visto não se encontrar pivsente o ilustre Ministro da Guerra, a fineza de transmitir a S. Ex.a o que acabo de aGrmar e pedir-lhe que providências spjam dadas tam rapidamente como o caso requere.

Aproveito, Sr. Presidente, estar no uso da palavra, para pedir também a V. Ex.a para fazer transmitir ao Sr. Ministro do' Comércio as considerações que vou fazer e que é o que se diz por aí, relativamente aos armazéns reguladores do Comissariado dos Abastecimentos.

Esses armazéns foram criados não só para evitar que o comércio ganancioso explorasse, como, aliás, tem explorado o público, mas ainda e talvez muito principalmente para que os seus pesos e medi-1 das fossem legais.

Mas o que é certo é que quando se trata de mandar alguém aos armazéns reguladores do Comissariado dos abastecimentos há sempre este aviso em nossa casa:

«Cuidado, porque apesar de lá se vender mais barato, rouba-se descaradamente no peso e nas medidas».

Isto é horrível. Isto é vergonhoso e intolerável.

O Sr. Dias de Andrade (em aparte]: — Esse assunto é com o Sr. Ministro da Agricultura que está presente.

O Orador: — Nesse caso, ainda bem que o Sr. Ministro da Agricultura se encontra presente. Espero que S. Ex.a tomará na devida conta este caso, que interessa a todos.

O aviso a que me reporto por mais de uma vez tem chegado a minha casa.

O Sr. Vicente Ramos (em aparte): — Esses avisos são feitos por quem lhe jião convém os armazéns reguladores.

O Orador : — Não são os comerciantes que previnem.

O Sr. Procópio de Freitas (interrompendo):— Não há dúvida que os armazéns 'reguladores não são escrupulosos no peso.

O Orador : — Conforme os factos por mim apresentados creio que a reclamação é justificada. Além de que, pelo que se ouve aí nas ruas, a respeito dos armazéns, chego à conclusão de que nos armazéns não se vendem os géneros com escrúpulo, visto tratar-se de estabelecimentos do Estado.

S. Ex.a certamente providenciará, estou convencido disso, e dessa forma le-vara um pouco de lenitivo aos lares de todos os habitantes de Lisboa e arredores onde existem esses armazéns reguladores, e assim S. Ex.a presta a todos nós um grande serviço.

Tenho dito.

O Sr. Ministro da Agricultura (Torres Garcia): — Com respeito aos aviões que se encontram ao abandono, transmitirei ao §r. Ministro da Guerra as considerações que acaba de fazer o Sr. Senador.

No tocante à segunda parte tenho a dizer a S. Ex.a o seguinte: