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Diário das Sessões do Senado

Também sem inconfidência posso garantir a S. Ex.a que já hoje determinei qual fosse o diagrama a seguir, o preço do pão a seguir como determina a lei, sem alterar o preço do pão de segunda qualidade, sem alterar o preço do pão de primeira .qualidade, e fazendo apenas um pequeno aumento no pão de luxo, de uma quantia insignificante, que nào chega de maneira nenhuma a cobrir o déficit com que fica ês^e pão.

Fui às taxas da Moagem e determinei o preço do pão, mantendo o que é imensamente procurado pelo povo em 1&80, mantendo o preço do pão de segunda em 2$80, e o de luxo, que é de luxo, é que foi um pouco aumentado, contando com as taxas de moagem e panificação, porque a Moagem, ao contrário do que S. Ex.41 disse, nem por isso está a nadar em ouro.

Evidentemente que S. Ex.a pode dizer que isso é agora.

E de futuro?

. O futuro, tenho que confessar que é muito nebuloso.

As taxas ou cotações do trigo têm tendência para a alta p o lavrador, embora a fixação do preço do trigo fosse feita no sentido proteccionista, põe dificuldades na venda.

Nós podemos contar com os centros produtores e um será de fácil alcance, o da América do Norte, e com outros, embora mais distantes, como o da Argentina e õ da Eússia.

Teremos que nos sujeitar à especulação que lá se faz, porque a especulação é internacional.

Tenho-me assegurado de determinadas posições de onde me advirá a possibilidade de jugular dificuldades.

As resistências da Moagem e do lavrador submeto-as eu com uma fórmula que nunca se adoptou em -Portugal que é," quando não houver já trigo no País para farinar ao preço da tabela, ou a Moagem não queira fariná-lo, importar farinha estrangeira.

Apoiados.

Fá-lo hei, evidentemente, se a isso me obrigarem.

Ao lançar o despacho na portaria que mandou publicar a tabela do trigo, escrevi estas palavras.

Neste processo foram ouvidos todos os sindicatos agrícolas, nele falaram as mais

altas corporações representantes da agricultura e o trigo é, pela primeira vez, vendido em condições de autêntica protecção, ficande, portanto, o Governo com autêntica liberdade no assunto.

Estou atento à questão que me não é muito simpática, pois gostaria mais de dedicar-me ao estudo da maneira de levar o País a produzir aquilo de que necessita.

Não se têm podido fazer este estudo porque o Ministério da Agricultura tem estado a tratar da questão das subsistên-cias, que tem um carácter grave para que sou solicitado a dedicar toda a atenção.

O orador não reviu.

O Sr. Herculaáo Galhardo: — Eequeiro, em vista da presença do Sr. Ministro do Comércio, que entre em discussão o projecto de lei n.° 378, que está no fim da ordem do dia. *

O Sr. Presidente:—Não é preciso pôr à votação.

O Sr. Machado Serpa: —Apresento ao Sr. Ministro da Agricultura os. meus cumprimentos, e peco-lhe a fineza de comuni-' car ao seu colega dos Negócios Estrangeiros a seguinte reclamação:

Da Câmara dos Deputados transitou' para esta Câmara um projecto de lei referente a uma companhia alemã que pretendia amarrar numa das ilhas dos Açores um cabo submarino. Quando entrou aqui em discussão, o -leader nacionalista requereu para ser suspensa a discussão, com o fundamento de que sendo uma proposta ministerial não podia entrar em discussão sem estar presente o Governo, especialmente o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros.

Sôbrs o incidente falaram vários Srs. Senadores, e afinal resolveu-se cumprir o Kegimento com rigor, retirando da discussão o projecto, com o fundamento de que não podia ser discutido sem estar presente um membro do Governo.