O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Sessão de 19 e 20 de Agosto de 1924

Mas visto que vieram, eu quero em meu nonie pessoal no que sou acompanhado dos meus correligionários, dar os meus pêsames ao Partido Democrático pela perda dum valor bastante elevado como o Sr. Ribeiro de .Melo.

O Sr. Júlio Ribeiro: — Chamo a atenção do Sr. Ministro da Guerra para o facto desagradável que presenciamos cons-tantemente nas ruas, de escoltas conduzindo presos fardados, o que vexa o homem e humilha a farda. Se se trata realmente dum criminoso, mais lhe embota o sentimento, se é um inocente é uma crueldade expô-lo publicamente.

Creio que S. Ex.ft poderá remediar o mal.

O Sr. Ministro da Guerra (Vieira da Eocha): — Antes de responder ao ilustre -Senador Sr. Júlio Ribeiro, seja-me permitido apresentar as minhas saudações ao Presidente, general Sr. Correia Barroto, químico notável, figura austera e rija têmpera de soldado inconfundível, que à República tem dado todo o seu esforço e saber; os meus cumprimentos a S. Ex.a; a todos os ilustres parlamentares deste Senado, sem distinção de partidos, eu rendo igualmente as minhas homenagens, agradecendo as honrosas palavras que me foram dirigidas durante, o debate político, relembrando a minha vida militar, visto nada ter feito que mereça tam elogiosas e honrosas referências.

Sou soldado, e como soldado tudo devo à Pátria.

É dever do soldado engrandecê-la, e se alguma cousa fiz que mereça menção, eu rendo à Pátria todas as palavras que os ilustres Senadores me dirigiram por nada ter feito comparado com a grandeza da Pátria.

Sr. Presidente : eu posso afirmar a V. Ex.a e à Câmara que à Pátria e à República tudo sacrifico e que toda a minha acção na pasta da Guerra será sempre impregnada dum grande espírito republicano.

Ditas estas palavras, que são meu dever fazer a esta douta Câmara, eu vou responder ao Sr. Júlio Ribeiro, dizendo-lhe que não é fácil dum momento para o outro evitar que os soldados presos transitem com escoltas pela cidade.

A única forma de resolver este problema é arranjar" carros celulares.

Para isso terei de apresentar na Câmara dos Deputados uni projecto para que seja concedida ao Ministério da Guerra a verba indispensável para tal efeito.

Tenho dito. '

O Sr. Presidente: — Como não está mais ninguém inscrito, vou pôr em discussão o projecto de lei n.° 686.

O Sr. Presidente:—Continua em discussão o artigo 1.° Pausa.

O Sr. Presidente: — O artigo 1.° não pode ser votado porque tem uma proposta de emenda.

Vai ler-se o artigo 2.°

Leu-se.

O Sr. Presidente: —Está em discussão.

O Sr. Silva Barreto: — Sr. Presidente: eu não pediria a palavra se não tivesse de me referir a uma carta que o Sr. Magalhães Ferraz me dirigiu, carta correctíssima e muito longa, em que fere qnatro pontos principais, a que eu por lealdade devo responder nesta Câmara.

Sr. Presidente: diz o Sr. Magalhães Ferraz que não se pronunciaram palavras ofensivas do regime nas reuniões em que ele presidiu, que foram todas as que se realizaram na associação de classe.

Diz que eu fui iludido, como também o foram o Sr. Presidente do Ministério de então e o seu grande amigo Ministro do Interior.

Eu folgo muito que seja verdade que naquela associação se não pronunciassem palavras ofensivas do regime; mas, Sr. Presidente, ao mesmo tempo que, folgo com estas afirmações eu devo declarar que o Sr. Ministro do Interior de entãç^ justamente porque viu, através da impren^ sã o que lá se passara, ó que mandou encerrar a associação.