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Diário das Sessões ao Senado

actualmente, e constatei que essa escola tem um corpo docente que, embora as condições em que a .escola se encontra sejam péssimas, se- interessa pelo progresso do ensino.

A Escola Comercial da Figueira da Foz está instalada num sótão da Câmara Municipal. Tem uma população escolar muito importante, e encontre;-a organizada de íorma a permitir que essa população escolar, tanto rapazes como raparigas, se pudesse instruir de uma forma admirável.

Procura-se agora estabelecer na Figueira da Foz ama escola industriaL

De harmonia com uma orientação que eu tenho seguido na pasta do Comércio, e que jo.lgo que é defensável, porquanto traz .maior economia para. o Estado, mas favorecendo o ensino, eu procuro ligar as duas. escolas e formar unia única onde -se realize o ensino técnico^

Como actualmente se encontram, é impossível atender às necessidades da população. Para isso é essencial construir um edifício novo. Isso, porém, não se pode fazer por meio de inscrição do verbas no Orçamento, porque desse modo se prejudicaria altamente o Estado. Torna-se necessário fazer um empréstimo, porque só por esse meio se poderá realizar essa construção.

Será preciso, portanto, que o Parlamento autorize a realização do empréstimo.

Os operários vão já compreendendo que a instrução dada nessas escolas lhes é proveitosa.

O orador não reviu.

O Sr. Costa Júnior: — A actnal escola não tem & lotação suficiente para o número de alunos que a frequentam.

O Sr. B. Tomás de Vilhena:—Pedi a palavra para dizer ao Sr. Herculano Galhardo que ele é que foi apaixonado.

E eerío que eu falo sempre com um pouco de calor, mas isso não quere dizer que esteja apaixonado.

Estive dizendo verdades como punhos e tanto que eu via pela manifestação da Câmara .que estavam todos convencidos do qu0 eu ia dizendo.

Por consequência, eu não estava falando COIE paixão.

Mas já que estamos tratando deste assunto, eu direi que foram dois os principais argumentos apresentados pelo Sr. Herculano Galhardo..

Um foi de que, atendendo ao desvio cambial assustador, não era o momento de se fazer um empréstimo. O'outro foi de que o empréstimo era inconstitucional porque o projecto não determinava as suas condições gerais.

Quanto ao primeiro argumento, S. Ex.a há-de permitir-me que eu lhe diga que a razão que S. Ex.a apontou seria para aplicar a tudo quanto se tem feitç nos últimos anos, porque a instabilidade do câmbio ó uma instabilidade sujeita "a acidentes verdadeiramente macabros — existiu há muito ternpo, existe e continuará existindo por estes tempos mais próximos.

Não vá S. Ex.a imaginar que eu digo' isto rejubilando. Eu digo isto cheio de tristeza. Mas o que eu vejo é que o câmbio continua com oscilações assustadoras.

Ora este estado de cousas vem de há muito.

S. Ex.a é um financeiro muito hábil, e muito entendido e eu sou perfeitamente leigo na matéria, mas quando se atinge esta idade e com a experiência que eu tenho das cousas, a conclusão a que se chega é de que, primeiro que o câmbio se estabilize, ainda S. Ex.a e eu havemos de criar muitos cabelos brancos.

Mas nós estamos discutindo um projecto de lei na generalidade.

E em saber se convém ou não o estabelecimento de uma escola industrial na Figueira da Foz.

Se o artigo 2.° não estiver bem escla-, recido, esclarece-se, e por consequência constitucionaliza-se o projecto.

Assim, todos nós contribuímos para o desenvolvimento da indústria nacional a que todos temos obrigação de dar incremento.

O orador não reviu.

Foi aprovado o projecto na generali-

0 Sr. Herculano Galhardo: — Kequeiro a contraprova.

Feita a contraprova, foi igualmente aprovado.

Entrou em discussão na especialidade.