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Sessão de ô de Novembro ã® 1924

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e, por o assunto andar intimamente ligado peonjuntamente ao Sr» Alfredo Portugal.,

A questão que o Sr. D. Tomás de Vi-Ihena tratou, e com patriotismo e fora da política o fez, tem merecido a minha mais cuidada atenção. Os dados, porém, que me poderiam habilitar a por agora dar uma mais completa resposta a S. Ex.a não os tenho comigo, e, assim, eu mais tarde os trarei e porei à disposição de S. Ex.a ou de qualquer outro Sr» Senador, para os poder consultar»

Devo d?zer que tive ocasião de visitar detalhadamente a estação do Barreiro, e fiquei realmente admirado como pudesse haver tanta incúria.,

Conheço também o que é o atraso dos comboios. Andando o Ministro no cumprimento duma patriótica missão, como a de assistir aos funerais dum soldado morto no sul de Angola, eu estive 45 minutos à espera na estação de Beja5 sabendo-se que o Ministro estava em viagem. Tive ocasião, Sr. Presidente e Srs. Senadores, de nomear um novo director para o Caminho de Ferro do Sul e Sueste, e têm sido os melhores os resultado da nova direcção, tendo aumentado o tráfego e os rendimentos.

O ilustre Senador Sr. D. Tomás de Vi-Ihena comparou estes serviços com os das empresas particulares. Também estou convencido de que o Estado não deve ser empresa.

Com Moltke aventou-se que o Estado deveria chamar e abranger todos estes serviços» Todavia, verifica-se que nem sempre os resultados são os melhores.

Verifiquei o facto que o ilustre Senador citou. O problema é, todavia, extraordinariamente difícil e não pode ser resolvido de um dia para o outro. Para disciplinar é preciso primeiro organizar. ^

O actual director do Sul e Sueste merece-mo toda a confiança. Já tive ocasião, como disse, de apreciar os benéficos resultados da nova direcção. Fui informado, segundo os meios próprios, do atraso dos comboios. A culpa não é da administração do Estado; é falta de recursos necessários, como, por exemplo,

no qu© se refere a assentamento de travessas.

O Sr. D. Tomás de Vilhena (interrompendo] i — Incontestavelmente, emquanto a linha férrea não for beneficiada em muitos pontos, os comboios não podem andar com muita velocidade. Mas o qu© ó necessário ó fazer uma modificação nos horários, porque os horários mentirem prejudica muita gente.

Se os comboios não podem ter senão a velocidade X, g para que se há-de dizer que têm outra?

V. Ex.a nào imagina os transtornos que isso causa.

Quando a paragem do comboio ou o seu pequeno andamento tenham lugar por um caso fortuito, está bem; mas aqui não s© dá isso, porque há razões que ainda nesta hora obrigam a não se poder dar cumprimento aos horários.

.0 Orador;—Eelativament© às considerações feitas pelo Sr. Alfredo Portugal, devo dizer quejá fui procurado por uma comissão de Évora para tratar do assunto.

As dificuldades para a sua resolução são também de ordem financeira.

Felizmente qu© o Sr. Ministro das Finanças concedeu uma verba importante que permite à Administração dos Caminhos de Ferro- do Estado realizar algumas obras, E a Administração dos Caminhos de Ferro, que é autónoma, afirmou--me que ia mandar proceder à cobertura da estação de Reguengos e lançar o troço de ...

Creio que S. Ex.a, se se não der completameníe por satisfeito com a minha resposta, pelo menos verá por ela que alguma cousa se projecta fazer.

O orador não reviu.

• i — A. próxima sessão ó na sexta-feira, 7, com a seguinte ordem do dia:

Propostas de lei n.os 689, 605, 713, 714, 739, 360, 554, 569, 645, 575, 708, ), 10 e 402.

Está encerrada a sessão. Eram 19 horas.