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Diário das Sessões ao Senado

Já viajei 0 vi, por exemplo, em Buda-pest pontes verdadeiramente artísticas neste sentido entre as cidades cê Buda e Pest.

Tratando-se, porém, de dar maior facilidade às linhas do Sul-e Sueste, então o Sr. Ministro que explique o CLSO.

Se queremos pontes, vamos lá. Liguemos a Trafaria e todos os outros pontos da outra banda, onde há terreais que podem muito bem ser aproveitados.

Quando estive na América do Norte. tive ocasião de observar o que são £s ligações da cidade de New-York e Brookl-ing, uma maravilha.

O naen voto, portanto. Sr. Presidente, fica dependente da situação em que o Sr. Ministro do Comércio puser o assunto.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Alvares Cabral § — Sr» Presidente: pedi a palavra para dizer a V. Ex.a que também tenho as minhas dúvidas a respeito da competência do Senado para disóutir este assunto.

As considerações do nosso colega Sr. Afonso de Lemos são muito razoáveis. Sou de opinião que, estando na outra Câmara um projecto para uma outra ponte que liga Santos com Almada, nós devíamos esperar o resultado de uma comissão nomeada pelo Governo para dar a sua opinião sobre o aproveitamento do Montijo e sobre a ponte entre as duas margens do Tejo.

O teminus da linha do Sul e Sueste é, não há duvida, ponto importante para a escolha de qual das duas pontes convirá aceitar. .

Vejo no relatório que precede o projecto um certo número de considerações que, na verdade, me não satisfazem. Conquanto concorde que sendo o terminus da linha do Sul e Sueste o Montijo e, portanto, será a ponte Xabregas-Montijo muito mais vantajosa, por outro lado a outra ponte pode ter a vantagem de ficar mais próxima do centro da cidade.

Por cutro lado, se nós atendermos a que j â temos uma ligação entre S stil e Vendas Novas, fica a vantagem da ponte Xa-bregas-^Iontijo com um valor muito relativo.

Acresce ainda, que no projecto Santos-Almada será fácil talvez fazer o trans-

porte de todas as mercadorias e passageiros por meio de uma linha eléctrica até a estação de Al cântara-terra.

Fala-se também na construção da gare marítima.

Isto apresenta a vantagem de as expropriações serem mais baratas; tem a conveniência de ficar mais no centro da sidade; o mesmo se diz a propósito da construção de um grande hotel, que necessariamente se tem de construir perto da gare marítima.

Fala-se também aqui num possível bombardeamento.

Quem se lembrar daquele canhão Berta cem que os alemães tentaram bombardear Paris há-de concordar que, para esse efeito, tanto faz esta ponte, como qualquer outra que fique mais a jusante; estão no mesmo perigo.

E devemo-nos também lembrar que por meio de hidroplanos se pode transportar um peso considerável de explosivos, e portanto qualquer das duas pontes estaria nas mesmas condições.

Também se fala em abalos sísmicos. Parece-me que, havendo um abalo sísmico que destruísse qualquer das pontes, ainda assim a que estiver mais a jusante fica com bastante largura para que a navegação não sofresse muito, visto ainda haver uma laigura de dois quilómetros.

Sr. Presidente: pelo que tenho lido nos jornais, vejo que o projecto da ponte Santos-Almada consta de vários arcos sobre os quais. assenta o tabuleiro da ponte; este conjunto de arcos pode trazer dificuldades para navegação.

Parece-me que seria fácil e sobretudo mais vantajoso fazer-se uma ponte pênsil de 1:700 metros, ficando os castelos a 150 metros de cada uma das margens.

Ainda com relação à estética da cidade de forma alguma concordo que a ponte a jusante a vá prejudicar.

Como' a ponte é, por assim dizer, perpendicular à cidade, olhando de qualquer' poato da cidade para o rio via-se simplesmente uma linha muito estreita.