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Sessão de 26 de Novembro de 19È4

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diatamente pela Academia de Coimbra, ainda presidida por Silvestre Falcão, e acompanhada no Porto por Reis Santos, que primeiro em nome da Academia protestaram contra o uitimatum da Inglaterra, e depois em nome do País inteiro.

Foi Alfredo Keil quem fez esse hino que ficou perante a história.

Esse hino pertenceu primeiro às Academias de Lisboa, Porto e Coimbra.

Lembro-me que esse hino, a Portuguesa, ainda então como hino patriótico, provocou no momento em que Portugal íbi honrado com a visita do Presidente da República Francesa, Loubet. a continuação da obra que já se tinha iniciado nesse movimento de 90.

Portanto eu, fazendo parte da Academia de 90, não posso deixar de dirigir os meus votos de congratulação por ver que neste momento se prestaliomenagem ao autor desse hino que é hoje o-hino nacional.

O Sr. D. Tomás de Vilhena: —Sr. Pré-sidente: eu dou também o 'meu voto a esta homenagem em-honra do grande artista português chamado Alfredo Keil, que- eu conheci muito particularmente, tendo ocasião de apreciar o seu alto valor, como músico e como pintor.

Eu ouvi com grande prazer as suas óperas, com grande cunho pessoal e que incon-testàvelinente fazem ho>nr-a à história da música portuguesa.

E, ao mesmo tempo- que com esta sinceridade me associo ao voto para que só dê o bronze necessário para eternizar a memória desse grande artista, eu venho dizer que o faço cm homenagem à sua-grande obra de conjunto; foi uma obra verdadeiramente notável.

Com respeito à produção chamada a Portuguesa, a qoe se referiu o meu colega e amigo, por quem tenho muita estima e consideração, o Sr. Afonso de Lemos, eu devo dizer a V. Ex.a quê não a apro-cio.

Não pensem V. Ex.as que eu tenho aqui a menor preocupação de ordem política, o que eu -tenho ó uma preocupação artística; tenho um grande culto pela arte, amo muito a arte.

Mesmo sob o ponto de vista político a Portuguesa não tem aquilo que é preciso um hino ter.

Foi um hino feito num momento excepcional, num protesto, ao qual me associei de iodo o coração, e no-quai colaborei de dia e de noite.

Eu fui daqueles, Sr. Presidente, quando do uitimatum^ que andaram com a massa berrando, fazendo discursos, em- várias associações, e como português tratei de repelir com toda a força da minha alma, o insulto quo nos foi feito pelos ingleses..

Mas, repico, a Portuguesa não tem o quê um hino deve ter.

l O hino tem que ser a expressão dum grande sentimento!

E isso que falta à Portuguesa.

A Portuguesa é um amálgama de hinos; na Portuguesa refiecle-se a expressão dos mais variados hinos, qualquer dos quais tem uma fisionomia que reflecte o sentir daquilo quê ele exprime.

Mas, Sr.. Presidente, este amálgama deu esta cousa desagradável que se chama a Portuguesa.

O hino da Carta, por exemplo tem uma fisionomia musical perfeitamente em harmonia com ò sentimento que exprime.

Um outro hino que reflecte perfeitamente o seu sentir é a Maria da Fonte.

Eia avante Portugueses etc.

Há um outro hino, Sr. Presidente, que é o hino mais belo do mundo, que é a Marselhesa, não posso deixar de vibrar quando ouço produzir-se os seus acordes.

Vamos, filhos da Pátria

Defender a Liberdade

etc.

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O Sr. Pereira Osório (em aparte): — Falta-lhe a alma republicana.

O Orador:—jQual alma republicana!

O homem era uni monárquico retintís-simo, todo afeito a fazer honras ao rei e à rainha.