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Sessão de 26 de Novembro de 1924

brar para que não seja feita essa concessão, porque não há meio de até hoje o assunto ser resolvido.

Isto é um assunto que se terá de resolver rapidamente para a montagem do posto porque vai trazer grandes benefícios a esses povos.

Eu pedia ao Sr. Presidente o favor de comunicar ao Sr. Ministro respectivo estas minhas declarações. . O orador não reviu.

O Sr. Presidente : —Transmitirei essas considerações ao Governo.

O Sr. Vicente Ramos: — Forçado pelas considerações feitas pelo Sr. Aragão e Brito acerca do estado sanitário da ilha Terceira, eu devo dizer a V. Ex.a e à Câmara que também recebi um telegrama da Junta Geral e .Câmara Municipal de Angra pedindo que se enviasse um médico e alguns socorros pecuniários e sanitários para ali.

Hoje na Terceira já não se teme a peste bubónica. O que acontece é que algumas vezes passa a pneumónica, que é o que sucedeu este ano. Houve um ou mais casos. Contagiou-se o médico, dando em resultado levantar-se em toda a ilha um alarme e o pedido de socorros.

Ontem, eu e os dois Srs. Deputados por Angra do Heroísmo procurámos o Sr. Presidente do Ministério para'tratar do assunto, o qual autorizou que se fizesse tudo quanto fosse necessário. Depois falámos com o Sr. Ministro do Trabalho, que igualmente tomou todas as providências, e com o . Sr. Ministro das Finanças para que não faltasse o dinheiro preciso. Todas essas providências estão tomadas.

Por consequência eu não fazia tenção de levantar nosta Câmara este caso, porque nenhuma conveniência resulta para a ilha de este assunto ser 'tratado aqui, tanto mais que o 'Governo já tinha tomado as providências necessárias para satisfazer os pedidos feitos por Angra do Heroísmo.

Naturalmente o ilustre Senador Sr. Aragão e Brito ignorava o que se passou e por isso veio levantar aqui a questão.

Sr. Presidente: faço votos para que da conversa aqui havida a respeito deste caso não resultem prejuízos para aquela terra, como é de temer, apesar da ine-

xistência de motivos que obriguem a tomarem-se providências que, por desnecessárias, se tornem prejudiciais aos povos da ilha Terceira. Tenho dito.

O Sr. Tomás de Vilhena: — Sr. Presidente: ainda não há notícia nenhuma 'exacta sobre o destino do nosso distinto aviador Sacadura Cabral; mas, o que é facto e facto incontestável ó que uni gran-. de desastre se deu que tem alarmado o mundo todo e principalmente o inundo da sciência que só interessa por este tuin notável ramo como é a aviação.

Sr. Presidente: parecia-me que nós, que incontestavelmente representamos um dos mais altos poderes do Estado, quando de toda a parte estão a acorrer telegramas manifestando o sentimento do toda a alma portuguesa, nós, ô Senado, não devíamos .deixar de exarar na acta um voto de sentimento por esse desastre, fazendo votos para que ele não tenha aquelas consequências tremendas que nós podemos prever.

Parecia-me que isto era um dever de todos nós quando se trata dum acontecimento que não pode deixar de comover todos os portugueses, visto tratar-so dum homem que pelo seu feito glorioso tanto prestígio trouxe para o País.

Entendo, repito, que o Senado devia mandar lançar na acta um voto de sentimento por este acontecimento que se acaba de dar.

E isto que eu proponho.

O orador não reviu.

O Sr. Procópio de Freitas : —Sr. Presidente: eu creio que até hoje ainda não tem sido feitas referências nenhumas nas duas casas do Parlamento sobre o enorme desastre que sem dúvida se deu com o glorioso aviador Sacadura Cabral pelo íacto de não ter sido comunicada oficialmente a sua morte. Se assim não fosse, estou certo de ,que seriam, os presidentes das Câmaras os primeiros a referirem-se a osso enorme desastre.