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Sessão de 10 dê Dezembro de 1924

agrupamentos o favor de enviarem para a Mesa a nota dos seus representantes. Vai-se entrar na

ORDEM DO DIA

O Sr. Presidente: — Como não está presente o Governo, e a segunda parte da ordem do dia é a eleição dum vogal para o conselho da administração da Caixa Geral dos Depósitos, interrompo a sessão por dez minutos para a organização das listas.

Eram 15 horas e 35 minutos.

Ás 15 horas e 45 minutos o Sr. Presidente reabriu a sessão.

O Sr. Presidente: —Vai proceder-se à chamada para a eleição.

Tendo votado- a Mesa, procedeu-se à chamada.

O Sr. Presidente:—Convido para escru-tinadores os Srs- Alfredo Portugal e José Pontes.

Em seguida procedeu-se ao escrutínio.

O Sr. Presidente:—O resultado da votação foi o seguinte:

Entraram na urna 36 listas, igual número ao de descargas, obtendo o Sr. Pereira ;Gil, 27 votos, e o Sr. Sousa Varela, 4 votos.

Entraram, cinco listas brancas.

Está portanto eleito o Sr. Pereira Gil.

Pausa.

Entra na sala o Governo.

O Sr. Presidente: — Vai prosseguir o debate político. Continua no uso da palavra o Sr. Aragão e Brito.

O Sr. Aragão é Brito:—Referia-me eu, Sr. Presidente, ao plano do Governo que vinha salvar o país e fazer a obra do ressurgimento nacional e vou continuar numa análise sintética, referindo--me à declaração ministerial. Permita-se--me que volte às considerações de ordem financeira que ontem tive ocasião de, fazer.

Diz a declaração ministerial.

«Através de todas as dificuldades». éQue afirmação é esta?

zar as receitas e se ele não concordar com o Governo, este pode viver «através de todas as dificuldades com o Parlamento ? Não pode! O Sr. Presidente do Ministério na sua declaração continua a fazer do Parlamento apenas uma chancela dos seus projectos, ou então incompatibiliza-se com ele.

Assim viveu Mussolini na Itália; mas Mussolini era Mussolini e representava o fascismo. Mas o fascismo, Sr. Presidente, era e é alguma cousa: realiza um ideal.

Primo de Kivera, em Espanha já não tem a mesma aura embora alguma tivesse em princípio, com a mesma taboleta com que anunciava o seu programa ministerial.

<_ de='de' ser='ser' e='e' quererá='quererá' ex.a='ex.a' parece='parece' p='p' rivera='rivera' ó='ó' primo='primo' sentido.='sentido.' civil='civil' me='me' um='um' eivera='eivera' não='não' s.='s.' faz='faz' porque='porque'>

Continua o Sr. Presidente do Ministério por aqui fora e entra nas reformas bancárias.

S. Ex.a omitiu aqui declarações que já havia feito sobre a criação de um banco do Estado.

S. Ex.a mais tarde, dirá, se entender, as razões por que omitiu na sua declaração essas outras suas anteriores.

A Caixa de conversão, já tive ocasião de dizer que a havia pela convenção de 1922, ô a caixa do fomento; já desempenha essa função a Caixa Geral de Depósitos.

^Quererá S. Ex.a a esta tirar-lhe tais funções? Di-lo há também.

Com grande espanto meu não fala S. Ex.a no seu programa das 400:000 libras que os bancos devem ao Estado.

Ê deveras interessante nada constar a tal respeito neste programa, tanto mais que o seu lema ó acabar com todos os abusos.

.jjTer-se há dado o caso, como se diz, de S. Ex.a ter entregue este assunto a um tribunal comercial, cujo júri formado por comerciantes, será quem virá por fim a deliberar sobre as dívidas de comerciantes ao Estado?

Seria efectivamente muito curioso que S. Ex.a desse estas explicações à Câmara.