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Sessão de 19 de Dezembro de 1924

mento definitivo dessa pasta está dando lugar a que estejam retardados muitos assuntos que é necessário resolver.

Toda a gente compreende que um Ministro nas condições em que está o Sr. Presidente do Ministério assoberbado pela política do seu Ministério, não pode dedicar a atenção devida aos negócios que correm por essa pasta.

Eu faço votos para que o mais rapidamente possível seja preenchida definitivamente a pasta da Marinha.

Necessito chamar a atenção do Sr. Ministro da Marinha para alguns assuntos importantes, que correm por essa pasta, e será desnecessário chamar a atenção do Sr. Presidente do Ministério para esses factos porque, como dizem, S. Ex.a naturalmente calcula estar muito poifco tempo nela e não ligará a devida atenção a esses assuntos.

É necessário que eles sejam resolvidos rapidamente e é preciso que alguém os tome na devida consideração.

Vou tratar agora doutro assunto.

Vi há dias num jornal, quando faleceu o coronel Sr. Malheiro, que S. Ex.a tinha determinado que fosse sepultado de fraque, e, se não me engano, atribuía-se essa resolução do heróico coronel Malheiro ao desgosto por a forma tam pouco atenciosa como foi tríiíado, não lhe tendo sido ciadas as estrelas de general.

Sr. Presidente: a República tem sido duma grande generosidade para 'muitas pessoas, algumas delas talvez não merecendo tanta generosidade, mas, a par destas, tem sido menos generosa para outras qae mereciam que os homens da República olhassem com mais carinho para olas.

E uma delas, a meu ver, foi o coronel

Sr. Malheiro. que é, sem dúvida nenhuma,

uma das figuras mais brilhantes do movi-

<_- p='p' janeiro='janeiro' de='de' revolucionário='revolucionário' _31='_31' mento='mento'>

1891.

O coronel Sr. Malheiro portou-se no exílio duma maneira que se impôs à consideração de todos. No Brasil bateu-se pela democracia.

Disse V. Ex.a aqui, Sr. Presidente, e eu também tinha conhecimento daquele facto, que o coronel Sr. Malheiro, por ocasião da Grande Guerra pretendeu ir combater para a África, e como a junta o desse como incapaz, foi sempre, pres-

cindindo até da pensão de sangue a que tivesse direito se porventura lá morresse.

Eu entendo que o coronel Sr. Malheiro é uma figura que temos de impor à consideração de todos como um exemplo, de civismo para os vindouros.

E por isso que eu mando para a Mesa um projecto de lei promovendo a general, no quadro de reserva, o coronel Malheiro desde que deu entrada nesse quadro.

Peço para esse projecto a urgência que o Senado costuma conceder.

Foi concedida a urgência.

O Sr. Afonso de Lemos: — Sr. Presidente : . mando para " a Mesa um projecto de lei.

O Sr. Gaspar de Lemos : — Sr. Presidente : mando para a Mesa um projecto de lei.

O Sr. Pereira Osório:—Sr. Presidente: na 2.a secção de ontem foi nomeado relator, para um processo referente à Companhia Carris do Porto, o Sr. Catanho de Meneses, que tem pronto o seu parecer.

Como se trata duma questão que urge resolver antes do fim do ano peço a V. Ex.a a interrupção da sessão a fim de reunir a 2.a secção para tomar conhecimento desse parecer.

Foi aprovado.

O Sr. Ministro do Trabalho (João de Deus Ramos):—Sr. Presidente: em resposta à pregunta que o Sr. Carlos Costa me fez na última sessão, tenho a dizer, a S. Ex.a e ao Senado, que os factos só passaram da seguinte forma:

O secretário geral do Ministério do Trabalho deu ordem para se enviar um ofício à Secretaria da Presidência da República, cujos termos são do conhecimento de V. Ex.ás

Disse o Sr. Carlos Costa que eu, Ministro,-nie havia negado a referendar o diploma. Ora como nem sequer me en-trelembrava de o não haver referendado, revelei a S. Ex.a isto mesmo.