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Diário das Sessões do Senado

representante da direita, com a mesma afirmação.

Sr. Presidente do Ministério, acaatele--se; o Partido Kepublicano Português está dividido, vai inutilizar a sua carreira, é a maioria que lhe vai faltar.

Sempre a mesma scie.

No seguimento das minhas considerações mostrarei a V. Ex.a e à Câmara como, divergindo em doutrina num ponto ou noutro do Sr. Presidente do Ministério, eu estou, politicamente, inteiramente a seu lado, e nunca concorrerei para inutilizar a sua obra política.

Nem eu, nem nenhum Senador do Partido Kepublicano Português.

Muitos apoiados das bancadas democráticas.

Mas interrompo esta série de considerações para voltar à moção do Sr. Afonso do Lemos, por outra, à moção do Partido Nacionalista, nesta Câmara.

Diz o seguinte:

Leu.

Esta parte vai ser aprovada naturalmente por toda a Câmara, incluindo a minoria monárquica.

Leu.

Esta parte vai ser aprovada por toda a representação republicana da Câmara, incluindo a do Partido Republicano Português.

Leu.

Esta parte evidentemente não irá ser aprovada por nós.

<_:Mas p='p' cue='cue' afirmações='afirmações' atrás='atrás' destas='destas' estará='estará' o='o'>

Está alguma investigação scientífica?

Não está.

S. Ex.a, como, parece, todo o Partido Nacionalista—e se isto não for verdade dêem as minhas afirmações por não produzidas— tem esta fobia especial: não pode ver o Partido Republicano Português. É contra o Governo porque o julga democrático ; não tem competência, não se interessa pela Pátria. E contudo olhe a Câmara para as pessoas" que constituem o Governo e reconhecerá que seria bem_di-fícil provar a sua irncompetência.

Não é assim, íaça-se a justiça a esse partido, o Governo não merece a sua confiança porque não é nacionalista.

O Sr. Procópio de Freitas — perdoe-me S. Ex.£ entrar no seu pensamento — olha para o Governo e naturalmente votará

— se votar, porque eu tenho razão para esta reserva—a moção do Partido Nacionalista.

Porquê?

Porque o Governo é radical.

O Sr. Procópio de Freitas:—V. Ex.a está enganado; se estivesse lá um Governo Nacionalista votava da mesma forma.

O Orador:—V. Ex.a está-me a dar antecipadamente razão.

Da mesma forma os independentes agrupados olham para o Governo e dizem : este Governo não satisfaz aos considerandos, porque ele não é extra-par-tidário.

O Sr. Vicente Ramos (interrompendo'): — Perdão, os independentes agrupados não disseram isso.

O Orador:—Desculpe-me Y. Ex.a, eu formulei, uma hipótese, e mesmo é difícil saber quais são os independentes agrupados— aqui não vai crítica nem nada que possa melindrar V. Ex.a

Eu comecei as minhas considerações dizendo que destacaria quatro discursos.

Nas minhas considerações queria referir-me ao Sr. Aragão e Brito; só involuntariamente fui desprimoroso para V. Ex.a

O Sr. Aragão e Brito, que é independente, 'lira: o Governo não presta porque não é um Governo extra-partidário.

Isto é uma dedução que eu estou fazendo e por ela chegaríamos à conclusão de que para quási todos os que o combatem o Governo é mau porque não estão lá os seus partidários.

Conclusão: Façam V. Ex.as engradecer e elevar os seus partidos por meio da propaganda sincera (Apoiados da esquerda), mas não procurem elevar-se à custa do enfraquecimento do Partido Republicano Português, porque os resultados serão manifestamente desastrosos.

Está pois provada a razão por que este Governo não presta.

Não presta porque não é dos outros partidos.

Para nós, democráticos, não é a mesma cousa.