O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Sessão de 20 de Janeiro de 1925

23

O Sr. D. Tomás de Vilhenaí—j Disso

está V. Ex.a bem livre! Risos.

O Orador:—Mas dizia eu que esses quatro discursos de pretensa oposição ao Governo, foram sobretudo discursos de ataque ao Partido Republicano Português.

O Sr. D. Tomás de Vilhena não me admira que o fizesse, está no seu papel de demolidor . . .

O Sr. Querubim Guimarães : — Não apoiado!

O Orador: —De demolidor do Partido Republicano Português.

O Sr. Querubim Guimarães : — ;Muito pouco forte ó o Partido Republicano Português !

O Orador: — S. Ex.a está no seii papel de demolidor do Partido Republicano Português em especial, e de tudo quanto 'for República, em geral.

Mas o Sr. Afonso de Lemos já não tem os mesmos motivos para falar, como íalou — e ó preciso que S. Ex.a o diga e afirme, para eu acreditar que concretizou na moção que mandou para a Mesa tudo. quanto drsse e afirmou no seu discurso e que, repito, não teve outro pensamento que não fosse o de dèminuir o Partido Republicano Português.

O Sr. Afonso de Lemos:—Pelo contrário, tive o pensamento de o aperfeiçoar.

O Orador:—Não tenho procuração para agradecer a Y. Ex.a essas boas intenções.

Em todo o caso, o que tenho a dizer a todos, aqueles que procuram reduzir o valor do Partido 'a que tenho a 'honra de pertencer é que não é por esse processo que conseguirão levantar -os Partidos a que pertencem.

Apoiados da esquerda'.

Ficam no mesmo nivel. É uma preten-. são tam ingénua como a da perdiz que põe a cabeça debaixo da aza para que o^ caçador a não veja.

Os ilustres Senadores que falaram con-'

tra o Partido Republicano Português bem podem olhar com respeito para a forma como falou o representante nesta Câmara do Partido Católico.

Para sustentar os seus pontos de vista não precisou de deminuir os partidos antagónicos.

S. Ex.a disse que estaria ao lado do Governo emquanto tratasse de salvaguardar os superiores interesses da Nação e, como era natural, as garantias e as liberdades da Igreja. •

Nem uma palavra proferiu que pudesse representar uma ofensa ou pudesse sequer magoar os outros Partidos.

Quando quero levantar o meu Partido não preciso para isso de deminuir os Partidos adversos; pelo contrário, como homem que ama a sua Pátria, o meu maior interesse é que todos os Partidos da República estejam bem conceituados. De que os Partidos adversos ao Partido Republicano Português devem queixar-se é do indiferentismo geral porque, se não fosse a indiferença de toda a massa da Nação, possivelmente uma grande parte dela apoiaria um Partido que sustentasse e defendesse pontos de vista contrários aos meus."

Depois de o Sr. Afonso de Lemos falar e.apresentar a sua moção, íalou também o Sr. Procópio de Freitas, como .ropre--sentante do Partido Popular.

O Sr. Procópio de Freitas.:—É Radical, não é Popular.

O Orador : —V. Ex.a desculpe. Agradeço-lhe muito esse aparte.

V. Ex.a tem particular amor a essa denominação, deseja chamar para si o privilégio dessa palavra, e eu respeito tudo quanto seja amor por um ideal.

O Sr. Procópio de Freitas também, para exaltar o seu Partido, não disse nada que pudesse magoar o Partido Republicano Português, limitou-se a repetir o que muita, gente diz: que é um Partido que,está dividido e que o Sr. Presidente do Ministério não pode contar com ele porque será ele qoe o fará cair.